27 de jun. de 2010

Crise de perdão na família -Marcelo Correia Silva-


I. O QUE É O PERDÃO?

A. O perdão não é basicamente uma emoção mas uma decisão! É um ato de minha vontade, não de minhas
emoções. (Cl 3.13)
B. O perdão é a decisão de não levantar mais a ofensa perante três pessoas : Deus, os outros (incusive o ofensor), e eu mesmo.
C. Perdão é diferente de absolvição. Absolvição relaciona-se com as consequências da ofensa, enquanto perdão ralaciona-se com a nossa atitude (reação emocional) para com a ofensa e para com o ofensor.
D. Perdão é portanto uma questão de obediência a uma ordem do Senhor (Ef 4.32; Lc 17.3-10)
E. Perdão é unilateral; ele não depende dos "méritos" do ofensor. (Ilustr. Coren TenBoom e o carrasco nazista.)
F. Não há limite para se perdoar (Mt 18.21,21)

II. A IMPORTÂNCIA DO PERDÃO:
A. Uma família não pode subsistir sem perdão, pois invariavelmente vamos errar uns com os outros. O

perdão é a possibilidade da convivência.

B. O perdão é um indicador de nossa compreensão do amor de Deus por nós (Cl 3.13b)

C. Todos nós experimentamos ofensas: um amigo que nos trai, um filho ingrato, a parcialidade dos pais, uma palavra áspera, uma acusação falsa, uma data pessoal esquecida, a indiferença para comigo de alguém que me é importante.

Perante a ofensa exercemos a escolha. Podemos "perdoar ou tornar-nos ressentidos, amar ou odiar, estabececer

relacionamentos ou rompê-los." A primeira escolha leva-nos á liberdade constante, uma vida de siceridade e opções . A segunda escolha, inevitavelmente, leva-nos a uma escravidão dentro de nós mesmos. A primeira resulta em crescimento espiritual, a segunda, em amargura. PERDÃO É CURA.


III. OFENSAS COMUNS NA FAMÍLIA:
A. Papéis não assumidos.

Maridos - liderança em amor, disciplina dos filhos, direção espiritual, sustento do lar. Esposas - submissão e respeito, cuidado da casa, apoio e estímulo para o marido, orientação aos filhos. Filhos - honra e obediência aos pais.

Pais - orientação e disciplina firme, amorosa e coerente, amizade, suprimento emocional, material e espiritual.

B. Negligência às necessidades básicas.

Dos maridos - respeito, realização sexual.

Das esposas - carinho, proteção, atenção e amizade.

Dos filhos - atenção, tempo, amizade.

Dos pais - obediência, boa conduta.

C. Falhas pessoais:

1. Esquecimentos. (datas, promessas, etc)

2. Egoísmo.

3. Ira.

4. Agressões (físicas, verbais)

5. Infidelidade (quebra dos votos conjugais - quais?)

IV. ALGUNS ESCLARECIMENTOS SOBRE O PERDÃO:

A. Perdão é uma reação positiva para com a ofensa, ao
invéz de uma reação negativa para com o ofensor.
Ofensas são oportunidades para ou perdoar ou ficar
amargurado. Uma reação positiva significa olhar aquela
ofensa como oportunidade para crescer na vida e/ou
para refletir as qualidades de Cristo para com o
ofensor.

B. Ao perdoar podemos ver o ofensor como instrumento
de Deus em nossa vida.
(Gn 50.15-21).

C. O perdão significa cooperar com Deus na vida do
ofensor.

D. Ao perdoar reconhecemos o direito que só Deus tem
de julgar. (Rm 12.19).

V. CONSEQUÊNCIAS DA FALTA DE PERDÃO:

A. Consequências Físicas: amargura prolongada causa alguns efeitos físicos tais como úlceras, pressão
alta, descargas de adrenalina (por causa da associação com a ira) e outras complicações.

B. Consequências Emocionais: depressão é a maior consequência. Uma amargurar prolongada pode gerar um
foco emocional em nossa mente que tira de nós uma grande dose de energia por causa de força que
precisamos para manter nossas "broncas" contra aqueles que nos ofenderam.

C. Consequências Espirituais: nosso relacionamento com Deus é sensivelmente prejudicado, visto que estamos em
desobediência à Sua Palavra. (Ef 4.31, Mt 18.22,35). Tudo isso aparecerá inevitavelmente no contexto familiar.

VI. COMO PERDOAR:

A. Decida perdoar.
Primeiro vem a obediência e depois o sentimento.

B. O perdão pode implicar em confrontação. (Mt 18.15)

C. Motive-se no exemplo de Cristo. (Cl 3.13)
Dependa da Sua Graça. (Rapaz crente que perdeu a esposa e o filho baleados e um assalto ao Banco) - Fp 4.13

D. Busque o bem do ofensor (Rm 12.20). Isso significa, no mínimo, oração, mas pode significar muito mais.

E. Faça um compromisso com Deus de jamais levantar a(s) ofensa(s) perante Ele, perante os outros
(inclusive o ofensor), e perante você mesmo.

CONCLUSÃO:
Desafio ao perdão!

24 de jun. de 2010

As dificuldades nos fortalecem

As dificuldades nos fortalecem
(Gerson Moura Martins)


“Tende por motivo de toda a alegria o passardes por várias provações... porque a provação da vossa fé, uma vez confirmada, produz perseverança...” (Tiago 1:2,3).
“Tempos atrás, eu era vizinho de um médico, cujo hobby era plantar árvores
no enorme quintal de sua casa. Às vezes, observava da minha janela o seu esforço para plantar árvores e mais árvores, todos os dias. O que mais chamava a atenção, entretanto, era o fato de que ele jamais regava as mudas que plantava.
Passei a notar, depois de algum tempo, que suas árvores estavam demorando
muito para crescer. Certo dia, resolvi então aproximar-me do médico e perguntei se ele não tinha receio de que as árvores não crescessem, pois percebia que ele nunca as regava. Foi quando, com um ar orgulhoso, ele me descreveu sua fantástica teoria. Disse-me que, se regasse suas plantas, as raízes se acomodariam na superfície e ficariam sempre esperando pela água mais fácil, vinda de cima. Como ele não as regava, as árvores demorariam mais para crescer, mas suas raízes tenderiam a migrar para o fundo, em
busca da água e das várias fontes nutrientes encontradas nas camadas mais inferiores do solo. Assim, segundo ele, as árvores teriam raízes profundas e seriam mais resistentes às intempéries. Disse-me ainda, que freqüentemente dava uma palmadinha nas suas árvores, com um jornal enrolado, e que fazia isso para que se mantivessem sempre acordadas e atentas. Essa foi a única conversa que tive com aquele meu vizinho. Logo depois, fui morar em outro país, e nunca mais o encontrei. Vários anos depois, ao retornar do exterior fui dar uma olhada na minha antiga residência. Ao aproximar-me, notei um bosque que não havia antes. Meu antigo vizinho, havia realizado seu sonho! O curioso é que aquele era um dia de um vento muito forte e gelado, em que as árvores da rua estavam arqueadas, como se não estivessem resistindo ao rigor do inverno. Entretanto, ao aproximar-me do quintal do médico, notei como estavam sólidas as suas árvores: praticamente não se moviam, resistindo implacavelmente àquela ventania toda. As adversidades pela qual aquelas árvores tinham passado, levando palmadelas e tendo sido privadas de água, pareciam tê-las beneficiado de um modo que o conforto do tratamento mais fácil jamais conseguiriam.”
O que estamos buscando pra nossa vida??? Queremos somente “moleza” e que Deus faça todas as nossas vontades??? Ou será que podemos crer que quando ele permite que passemos por dificuldades e privações está fazendo isso para o nosso bem, a fim de nos fortalecer e preparar???
VITÓRIAS EM CRISTO!!!

23 de jun. de 2010

19 de jun. de 2010

Casamento                                             
União Divina

Que nenhum homem separe.


Como vemos a união do casamento em si. Ela é apenas uma parceria entre duas pessoas que vivem no mesmo local? É meramente um contrato análogo a tantos outros contratos que conhecemos?
Estamos começando a descobrir que o casamento não é um contrato; não é apenas uma parceria. É uma união – uma união que tem como conseqüência para as pessoas a fusão em um único ser. A Bíblia usa a seguinte linguagem: “Eles já não são dois, mas uma só carne.” (Mateus 19:6). A intensidade e realidade desta fusão é descrita em 1 Coríntios 7:3-5:
“O marido pague à mulher a devida benevolência, e da mesma sorte a mulher ao marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher. Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mútuo por algum tempo, para vos aplicardes à oração; e depois ajuntai-vos outra vez, para que Satanás vos não tente pela vossa incontinência.”
Nesta afirmação Deus estabelece o princípio de que quem se casa passa a viver na maior intimidade possível com o cônjuge. Seus corpos pertencem um ao outro. Exceto por atividade espiritual, eles não devem negar seus corpos um ao outro. Não há nenhum outro relacionamento físico no mundo como este. Eles devem viver como um só corpo porque Deus ordenou que eles fossem uma só carne.
Deus enfatiza que esta união não é feita pelo homem mas por Deus (Marcos 10:9). Isto se refere apenas a casamentos cristãos sob a autoridade da Igreja? Se isto for verdade, então todos os casamentos não-cristãos não são casamentos. São apenas um homem e uma mulher vivendo juntos num relacionamento adúltero.
Deus fala de todo casamento da raça humana. Sabemos que Deus tem em vista todos os casamentos através da história do mundo porque Marcos 10:6-8 nos fala de nossos antepassados que foram criados para serem marido e mulher. Marcos 10:6-8:
“E estas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. Não vos façais pois idólatras, como alguns deles, conforme está escrito: O povo assentou-se a comer e a beber, e levantou-se para folgar. E não nos prostituíamos, como alguns deles fizeram; e caíram num dia vinte e três mil.”

Quando duas pessoas são unidas num casamento e consumam este relacionamento na cama, esta é uma união feita por Deus. Isto é de fato uma verdade notável. É difícil encontrar outra experiência física humana sobre a qual podemos dizer conclusivamente: “Esta é uma ação de Deus.”
Mesmo o casamento que foi consumado como forma de se rebelar contra Deus é ainda um casamento que Deus torna indissolúvel. Isso não faz com que Deus seja culpado do pecado, pois Ele não pode pecar. Ao invés disso, em acordo com Seus propósitos divinos, Deus utiliza os desejos pecaminosos do homem.
Por exemplo, Deus permitiu que os irmãos de José cometessem o crime de vender seu irmão caçula como escravo, para que depois, José , como primeiro ministro do Egito, fosse capaz de salvá-los da fome. Do mesmo modo, Deus pode utilizar um casamento pecaminosamente consumado para Seus propósitos. Deus nos diz que a partir do momento em que o casamento é consumado, a união é feita pela ação de Deus.
Por esta razão, Deus fala da esposa que está ligada ao marido (Romanos 7:2; 1 Coríntios 7:39). Se a esposa é amarrada ao marido, então logicamente o marido é ligado à esposa. Anteriormente em nossos estudos, dissemos que a palavra “ligado”, usada por Deus nestes versículos, significa “acorrentado” ou “amarrado”. Lembremos que Deus declarou que apenas Ele poderia desfazer a união do casamento. Ele faz isso através da morte de um dos cônjuges.

O casamento não pode ser rompido pelo homem

Advogados que encorajam cônjuges em conflito a tentar uma separação provisória estão violando a Palavra de Deus. O divórcio, que está muito em voga atualmente, é uma terrível violação da Bíblia. Em vez de encorajar a separação, a Bíblia insiste que os corpos dos que estão casados se pertencem (1 Coríntios 7:3?5). Não importa quão mal está indo o casamento, este princípio deve ser observado. É doloroso quando temos de tratar disso nós mesmos.
Deus ressalta a importância do casamento em Marcos 10:11-12:
“E ele lhes disse: Qualquer que deixar a sua mulher e casar com outra, adultera contra ela. E, se a mulher deixar a seu marido, e casar com outro, adultera.”
Em Romanos 7:2-3:
“Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido. De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera, se for doutro marido; mas, morto o marido, livre está da lei, e assim não será adúltera, se for doutro marido.”

Jesus reafirma o princípio em Lucas 16:18: ”Todo homem que se divorcia da sua mulher, e se casa com outra, comete adultério; e que se casa com mulher divorciada do seu marido, comete adultério.” A Bíblia certamente não poderia ser mais clara! Não há por que haver separação! Não há por que haver divórcio!
Por que Deus enfatiza a santidade do casamento? Deus em Sua misericórdia busca proteger a família. Estas leis protegem o marido e o pai de forma que eles estejam presentes na família tanto tempo quanto os outros membros dela viverem. A esposa e os filhos são protegidos do mesmo modo.
Em nossos dias, o divórcio tem se tornado tão descontrolado, que sabemos de esposas que tentam seguir adiante sem seus maridos, maridos que rejeitam suas esposas, e crianças que dificilmente conhecem quem são seus pais. De fato, quando a Igreja começou a reescrever as regras da Bíblia para permitir o divórcio, foi o princípio do fim para as famílias. O vento foi semeado, e a tempestade está sendo colhida.
Há diversas evidências nas vidas dos que pertencem a famílias separadas que indicam que a Igreja cometeu um sério pecado ao se intrometer com as regras do casamento feitas por Deus. É como a mítica caixa de Pandora, a tampa que não pode ser fechada quando o pecado começa a sair. Temos visto as terríveis conseqüências de nos intrometermos com as sagradas leis de Deus.
Há outra razão para que Deus interfira em todo casamento e tome para si a responsabilidade de fundir duas pessoas em uma só carne. Deus usa o casamento do homem como uma figura de Cristo e dos cristãos; Deus funde o marido e a mulher em uma só carne, e através de nosso Senhor Jesus Cristo, Ele faz de Si e dos cristãos um só ser.
Esta unidade é mostrada de diversas maneiras na Bíblia. O cristão é “em Jesus Cristo” (Romanos 8:1); Cristo é no cristão (Romanos 8:10); e Hebreus 2:11 fala: “Pois, tanto aquele que santifica, como aqueles que são santificados, todos têm a mesma origem. Por isso, ele não se envergonha de chamá-los irmãos.” Os cristãos são chamados de noiva de Cristo (Apocalipse 21:2,9). Deus desenvolve o casamento humano como um tipo de figura do relacionamento de Cristo com o cristão na bela linguagem de Efésios 5:28-32:
“Assim devem os maridos amar a suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. Porque nunca ninguém aborreceu a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja. Porque somos membros do seu corpo. Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe, se unirá a sua mulher; e serão dois numa carne. Grande é este mistério: digo-o, porém, a respeito de Cristo e da igreja.

Nesta passagem, Deus cuidadosamente declara que a união do marido e da esposa em uma só carne se relaciona diretamente com Cristo e a Igreja. Logo, Deus colocou sua divina mão na união do casamento porque o casamento é uma figura do íntimo e eterno relacionamento que existe entre Cristo e os verdadeiros cristãos, Sua Igreja.
Do mesmo modo que o marido e a esposa vivem juntos em grande intimidade, Cristo vive em intimidade parecida com o cristão. Do mesmo modo que Deus fundiu o marido e a mulher em uma só carne, Deus fundiu Cristo e o cristão de tal forma que a mesma frase pode ser usada, “uma carne”, quando falando dessa união espiritual.
A morte é a única forma de quebrar a união física entre o marido e a esposa, mas o cristão tem vida eterna. Por isso, ele nunca morre espiritualmente. Desde que Cristo é o Deus eterno, que morreu apenas na cruz e nunca morrerá de novo, não há possibilidade de quebrar a união entre Cristo e o cristão. Nem a esposa (o cristão), nem o marido (Cristo), podem morrer. Portanto, nenhuma ação pecaminosa por parte do cristão pode ameaçar seu casamento com Cristo. Do mesmo modo que no casamento humano não pode haver divórcio por fornicação, o casamento espiritual entre Cristo e o cristão não pode ser rompido pela fornicação espiritual do cristão. Que tremendo conforto e segurança temos ao saber esta alegre verdade!


amor incondicional do marido


A Bíblia ordena em Efésios 5:25: “Maridos, amem suas esposas.” Esta ordem pode ser aplicada quando a esposa não ama o marido? Pode ser aplicada quando ela odeia o marido, ou vive nas drogas, ou bêbada, ou está em fornicação? Deus espera que o marido ame este tipo de esposa?
A ordem de Deus para que o marido ame a esposa é incondicional. Ele não deve ter nenhuma reserva quanto ao seu amor por ela. Não importa o que ela possa ser ou tornar-se, ele deve amá-la.
Como podemos saber disso? Sabemos porque a Bíblia não oferece nenhum conselho sobre condições para que este amor cesse. Mesmo nos versículos que parecem sugerir mas não permitem a possibilidade do divórcio, não há sugestão do término do amor. De fato, Deus ensina que o perdão deve ser parte da vida do cristão. Mateus 18:21-22:
“Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo até sete, mas, até setenta vezes sete.”
A partir do momento em que não deve haver fim do perdão dos que pecaram contra nós, certamente o princípio do perdão será aplicado ao relacionamento conjugal. Portanto, não importa o que a esposa faça ou diga que incomode o marido, ele deve perdoá-la. O princípio, “Maridos, amem suas esposas” ainda existe.

Como Cristo amou a igreja

Há uma segunda razão para que o marido ame a sua esposa sem reservas. Efésios 5:25 nos diz: “Maridos, amem suas esposas, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela.” Deus nos dá um exemplo do tipo de amor que o marido deve ter por sua esposa: como Cristo amou a Igreja. Como Cristo amou a Igreja? A Igreja que Deus tem em vista é o corpo dos que acreditam verdadeiramente em nosso Senhor Jesus Cristo.
Qual a natureza do amor de Cristo para com os que Ele planeja salvar? Ele os ama quando eles são rebeldes. Ele os ama sem qualquer condições ou reservas de qualquer tipo. Cristo os atrai para Si quando eles estão em rebelião contra Ele. Ele faz com que seus corações o amem. Ele paga por seus pecados. Ele perdoa cada pecado que eles cometerão.
Para salvá-los, Cristo negou-se completamente. Ele foi despojado de
toda a glória que tinha eternamente com o Pai. Ele se rebaixou ao mais baixo degrau possível, tornando-se um com a pecadora raça humana que arrogantemente se rebelou contra o Deus Todo-Poderoso. O próprio Jesus não possuía pecado, mas Ele assumiu nossos pecados. Ele recebeu a punição enviada por Deus pelos nossos pecados. Esta punição foi a pior que qualquer um poderia ter sofrido, pois foi equivalente à danação eterna em nome de todos que se tornariam Sua noiva.
Deus nos deu um espetacular exemplo do modo como os maridos devem amar suas esposas e do tipo de sacrifícios que eles deverão fazer por desejarem o melhor para suas esposas.
O depois que formos salvos? O relacionamento de Cristo com Sua noiva muda? Novamente ficamos surpresos com a compaixão, a paciência, o perdão de Cristo. Não importa quanto o cristão peque, Cristo sempre o perdoa. Cristo promete que nunca abandonará o Cristão. O amor de Deus é perpétuo e protetor. Nada que Sua noiva diga ou faça irá separá-la do amor de Cristo.
Independentemente do que a esposa faça ou torne-se, o marido deve amá-la, protegê-la e perdoá-la. Cristo, em Seu amor pela Igreja, quer o melhor para ela, então, os maridos devem sempre querer o melhor para as suas esposas.
Em seu amor por sua esposa, um marido deverá diversas vezes negar a si mesmo. Para o bem de sua família, ele pode ter que desistir de seu adorado passatempo. Talvez ele não possa passar tanto tempo quanto queria com seus amigos.
Isso pode significar que ele deverá reconsiderar o caminho que quer seguir na vida, ou o lugar onde gostaria de viver. Sempre deverá se preocupar com os sentimentos e necessidades de sua esposa e filhos.
Como líder da casa, ele não deve se considerar o “chefão”. Enquanto nunca perde de vista suas responsabilidades enquanto chefe de família, ele sempre pensa sobre o que é o melhor para sua esposa e filhos. Ele guia sua família com amor. Ele tem a autoridade final sob Deus, mas exercita esta autoridade com grande amor, ternura e empatia por sua família.
Sob nenhuma circunstância ele deve se ressentir com sua esposa. O que quer que ela seja ou faça, como marido ele deve ser paciente e continuar a amá-la. Ele nunca deve pensar em outras pessoas com quem poderia ter se casado ou que sua esposa poderia ser como outra pessoa. Sua atenção deve estar totalmente voltada para sua esposa e família. Não importa quão difícil possa ser a situação, ele nunca deve pensar em divórcio.
O marido deve aceitar sem reservas o fato de que sua esposa é parte integral de sua vida enquanto ela viver. Porque Deus os fundiu e eles são um só, ele sabe que não pode agir de modo que descuide de sua esposa. Sua esposa deve ser no mínimo tão importante para ele quanto qualquer outra coisa em sua vida. Apenas o amor pelo Salvador deve ser maior pelo amor

que tem pela esposa. Em seu amor pelo Salvador ele sabe que deve amar e cuidar de sua esposa do mesmo modo que ama e cuida de si mesmo. A maior bênção para um homem poderia desejar para sua esposa é a vida eterna. Portanto, um marido não deve apenas prover as necessidades físicas de sua esposa, mas deve, acima de tudo, prover as necessidades espirituais. Ele tem a responsabilidade de liderar sua família no caminho do Senhor.
O marido temente a Deus obtém para si a maior graça possível, que é salvação. Além disso, ele fará o que for necessário para cuidar e satisfazer as necessidades de seu corpo. Isso é natural para ele. Nestes versículos ele é exortado a amar sua esposa da mesma maneira que ama seu próprio corpo. Se seu corpo se torna doente, ou machucado, ele ainda o ama; do mesmo modo ele deve amar sua esposa. Não importa quais dificuldades morais, mentais, ou físicas sua esposa possa experimentar, ele deve amá-la.
Por ter sido salvo, ele sabe que finalmente seu corpo será transformado em um glorioso corpo espiritual, e ele deve desejar a maior das bênçãos, um corpo espiritual glorificado, para sua esposa. Ele deve honrar e respeitar sua esposa. I Tessalonicenses 4:4: “que cada um saiba usar o próprio corpo na santidade e no respeito.”
O corpo de que Deus fala neste versículo é o da esposa. O marido deve proteger sua esposa como um corpo sagrado. Ela não é um lugar conveniente para descarregar sua luxúria. Na cama, assim como em todas as outras formas de se relacionar com ela, ele deve tratá-la com honra e respeito. Para usar uma frase secular, ele deve ser sempre um cavalheiro. Em todas as coisas ele deve sempre pensar primeiro em sua esposa.
Nenhum marido pode por si mesmo amar a esposa tanto quanto Deus quer. Através da graça de Deus e em por Sua força, à medida que o marido confia em Cristo, esse ideal torna-se possível. Ao invés de ideais, eles se tornam fatos na vida do marido.
Ao ponderarmos sobre estas verdades, começamos a sentir a gigantesca responsabilidade do marido em amar sua esposa – em amá-la sem qualquer condição ou reserva – tanto quanto ela viver. Desta maneira, como o marido poderia pensar em se divorciar? A palavra “divórcio” não deveria nem existir em seu vocabulário. Como o antigo juramento de casamento diz:
“Eu, Fulano de Tal, recebo a ti Beltrana da Silva, por minha esposa (meu esposo), para ter-te e conservar-te de hoje em diante, na felicidade ou na desventura, em riqueza ou na pobreza, enferma ou com saúde, para amar-te e querer-te até que a morte nos separe, de acordo com a santa vontade de Deus; para isso empenho a minha honra.”


O amor incondicional da esposa


E quanto ao relacionamento da esposa com o marido? Devido ao fato de o problema de maridos não-cristãos se casarem com mulheres cristãs ser mais sério e prevalente do que o contrário, gastaremos consideravelmente mais tempo com esta questão.
A Bíblia nos ensina em Efésios 5:22, “Mulheres, sejam submissas aos seus maridos.” Essa submissão deve ser incondicional? Certamente, se ela o respeita, e ele é merecedor deste respeito, ela deve se submeter a ele. Mas e se ele torna-se um patife, um bêbado, um adúltero ou bate na esposa? Ela ainda deve se submeter a ele? Ela deve viver como um capacho em que ele pisa? A Bíblia fala especifica e diretamente desta questão. Não há necessidade de especular ou adivinhar sobre o que ela deve fazer quando estiver casada com tal marido.
Mateus 18:21-22 se aplica a ela do mesmo modo que ao marido:
“Pedro aproximou-se de Jesus, e perguntou: ‘Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?’ Jesus respondeu: ‘Não lhe digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete.’”
Se ela é cristã, esta passagem não deixa outra alternativa senão perdoar sempre que o marido pecar contra ela.

Um marido tirano

Deus lida mais especificamente com esse problema em 1 Pedro 2 e 3. Em 1 Pedro 2:18-24 Deus fala do servo que trabalha para um mestre cruel, rude e despótico:
“Vós, servos, sujeitai-vos com todo o temor aos senhores, não somente aos bons e humanos, mas também aos maus. Porque é coisa agradável, que alguém, por causa da consciência para com Deus, sofra agravos, padecendo injustamente. Porque, que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas se, fazendo bem, sois afligidos, e o sofreis, isso é agradável a Deus. Porque para isto sois chamados; pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas. O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente; levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.”
Nesse versículo Deus indica que é nossa missão na vida suportar pacientemente as injustiças, os reveses, e o abuso dos que estão acima de nós. Não devemos revidar. Devemos pensar que Deus nos chama para caminhar nos passos do Senhor. Devemos tê-lo como nosso exemplo, e o sofrimento por que Ele passou inclui a morte na cruz.
Nos versículos iniciais de 1 Pedro 3 Deus liga as admoestações de 1 Pedro 2 à esposa que é casada com um marido não-cristão. A Bíblia exorta em 1 Pedro 3:1-5:
“Semelhantemente vós, mulheres, sede sujeitas aos vossos próprios maridos; para que também, se alguns não obedecem à palavra, pelo porte de suas mulheres sejam ganhos sem palavra; considerando a vossa vida casta, em temor. O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de jóias de ouro, na compostura de vestido; mas o homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus. Porque assim se adornavam também antigamente as santas mulheres que esperavam em Deus, e estavam sujeitas aos seus próprios maridos.”
A importante expressão “do mesmo modo” no versículo 1 liga estes versículos do capítulo 3 à instrução dada no capítulo 2. Efetivamente, Deus está exortando: “Se mesmo um servo de um mestre cruel deve suportar pacientemente o abuso, então, também, a esposa que é casada com um marido cruel deve suportar pacientemente o abuso.” O versículo 1 do capítulo 2 enfatiza que o marido neste caso não obedece a Palavra. Ou seja, ele está em rebelião contra Deus. Ele não dá atenção às leis de Deus que dizem que o marido deve amar a esposa e perdoá-la repetidamente.
A expressão “do mesmo modo” também implica que ele, como o mestre de 1 Pedro 2, possa ser injusto, cruel e um tirano no lar. A razão humana pode conclui que com esta condição em casa, a esposa tem todo direito de se separar do marido porque ninguém deve viver em tamanha infelicidade, em tão difíceis condições.
Deus tem uma resposta diferente. A palavra “divórcio” não deve fazer parte do vocabulário da esposa. Ela deve amar o marido como Deus manda. Por Deus sempre desejar o melhor para a raça humana, as leis de Deus são as únicas leis confiáveis para seguir. Deus diz que ela deve ser silenciosamente submissa ao seu marido.
Dois princípios são estabelecidos em 1 Pedro 3:1. O primeiro é que ela não deve importunar ou acusar o marido. O segundo é que ela deve se submeter a ele.
A inclinação da esposa temente a Deus é a salvação de seu marido, quando ele não foi salvo. Ela deseja isso sinceramente pois sabe que o marido é

comandado pelo inferno; ele está sob a ira de Deus devido aos seus pecados.
Ela deseja a salvação pois fica embaraçada ante seus amigos e parentes por estar casada com um marido ímpio. Ó, como ela ficaria feliz se seu marido fosse um cristão como tantos outros maridos que ela vê na Igreja todo domingo.
Ela deseja sua salvação porque sabe que isso será o fim do trauma de estar casada com um marido tirano. Ela sabe que ao ser salvo, seu marido desejará o melhor para ela e irá mostrá-la seu amor, pois o marido cristão deseja obedecer a ordem de Deus de amar sua esposa como Cristo amou a Igreja.
Sendo assim, há muito em jogo quando ela ora pela salvação do marido. Ela sabe que a salvação vem através da palavra de Deus e que ela é guiada por Deus para ser um testemunho da palavra. Ela aproveita todas as possíveis ocasiões para dividir o evangelho com o marido. Certamente, ela pensa, suas ações estão de acordo com o desejo de Deus.

Sem a palavra

Deus diz, “Não!” se seu marido deve ser salvo, ele o será sem a Palavra. Por que Deus ensinaria este, aparentemente, caminho impossível? Deus salva os maridos ímpios de um modo diferente do que salva os outros? Isso não pode ser verdade. Então por que este conselho para a esposa ficar em silêncio?
Podemos começar a entender quando observamos a condição especial que prevalece no relacionamento entre marido e esposa. Quando levamos o evangelho a outros, eles sabem um pouco sobre nossas vidas pessoais. Portanto, tudo o que o ímpio vê é o evangelho em si.
Se um ministro prega do púlpito, “Portanto disse o Senhor”, enquanto é um fato notório que ele vive em pecado, sua pregação terá pouco poder. Os que o ouvirem falar acharão que ele é um hipócrita. Em tal caso os élderes devem conversar com o pastor, e até mesmo privá-lo de sua função de pastor, se necessário.
Do mesmo modo, se conhecemos alguém que parece ser um ardente testemunho do evangelho, e ainda assim não vive o evangelho, não o levaremos a sério. Ele também será visto como um hipócrita.
No relacionamento do casal, este problema torna-se enorme. Uma Igreja pode conhecer algo sobre as opiniões e atos de seu pastor, mas não tudo. Um ímpio pode conhecer algo sobre a pessoa que está testemunhando para ele, mas não tudo.
Mas um marido sabe mais do que qualquer outro dos pensamentos e atos de sua esposa. Ele vive, e pode ainda estar vivendo com ela, no mais íntimo relacionamento. Está com ela quando ela vai para a cama e por toda a noite. Ele está com ela pela manhã antes que ela tome sua primeira xícara de café.

Está por perto quando ela está tensa, cansada, deprimida, ou furiosa.
Devido à intimidade do casamento, ele sabe como ela anda, como o olha, como o recebe quando chega do trabalho, como coloca comida na mesa, e outros incontáveis maneirismos, e sabe também os sentimentos da esposa. Portanto, mesmo ela parecendo ser uma boa Cristã, indo à Igreja e insistindo para que ele se arrependa de seus pecados e confie em Cristo como seu Salvador, seu marido conhece o modo como ela vive, que às vezes pode ser diferente do que ela prega para ele. Ele pode se convencer de que não quer este tipo de cristianismo para ele, pois só vê hipocrisia em sua esposa.
Ele pode não saber que a Bíblia diz que a esposa deve desejar sinceramente perdoar o marido, sempre. Ele pode não saber que a Bíblia diz que a esposa não deve nutrir ressentimentos contra o marido. Ele pode não saber que a Bíblia exorta os cristãos a caminhar pacientemente. Ele pode não saber que a Bíblia estabelece que o corpo da mulher pertence ao marido e, portanto, na cama ela deve se dar apaixonadamente, espontaneamente. Ele pode não saber que a Bíblia diz que a esposa deve se submeter ao marido de todas as formas. Ele pode não saber que sua esposa deve aceitá-lo sem reservas de nenhum tipo.
Ele sente que as ações de sua esposa não podem ser medidas por suas palavras. Ela diz ao marido para ir à Igreja, obedecer Deus, e ser melhor no casamento, mas ele lembra das vezes em que a esposa reagiu do mesmo modo que um ímpio, e com isso ele se convenceu de que a esposa é hipócrita. Sua resistência contra o evangelho fica maior quando ele sente que a esposa nutre sentimentos ruins contra ele. Ele pensa sobre a atitude da esposa com ele, seu ressentimento, sua frieza na cama, seus maneirismos e palavras sugerem que ela seria mais feliz sem ele, e ele sabe muito bem de uma coisa: se isso é ser salvo, ele não quer ser parte disso.
Se o marido faz coisas ruins com a esposa, sua congregação olhará para ela como uma adorável filha de Deus que está casada com um marido que não a merece. Quando ela está com os amigos, quando fala com o pastor, quando senta na Igreja, ela parece ser uma amável, devotada esposa que fica feliz ao fazer a vontade de Deus.
Nenhuma das pessoas da congregação sabe dela o que o marido sabe. Eles não podem saber quão fria e resistente ela pode ser na cama. Eles não sabem do ressentimento que ela nutre pelo marido. Nem podem saber a intensa frustração de um marido que vive com uma esposa que no mais íntimo relacionamento do casamento não pratica o que prega.
Sendo assim, em 1 Pedro 3:1 Deus admoesta a esposa para que ela alcance o coração do marido pela mais silenciosa submissão. Deixe-a silenciosamente obedecer a lei de Deus sem pregar ao marido. Devido à tremenda intimidade existente entre o marido e a esposa, suas ações falarão muito mais alto que palavras.
A mesma admoestação se aplica o marido que está casado com uma esposa ímpia. Se a vida íntima do marido não está de acordo com Cristo, a esposa irá vê-lo como um hipócrita. Na intimidade do casamento, o velho adágio “atos falam mais alto que palavras” certamente se aplica.

Deus dá as regras

A esposa cristã procura sinceramente praticar os princípios definidos em Felipenses 4:8:
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.”
Ela pede o perdão de Deus quando fica ressentida com o marido. Quando o marido peca contra ela, não importa com que freqüência, ela perdoa-o com alegria. Não importa como o marido a trata, ela tenta convencê-lo que é feliz por estar casada com ele. A esposa pode fazer isso honestamente porque ela entende que Deus os uniu em uma só carne. Ela pensa que, a partir do momento em que estão casados, sua vida ficará intimamente ligada à do seu marido até que Deus leve um dos dois embora.
O impacto desse tipo de crença sobre o marido ímpio é enorme. Mesmo não sendo cristão, ele sabe que está errado ao destratar a esposa. O marido vê sua contínua fidelidade a ele, sua submissão, seu perdão, e devagar se convence de que sua esposa é especial. Através da graça de Deus os olhos espirituais do marido são abertos. Esta é a essência do ensinamento de 1 Pedro 3:1.
A conduta paciente e submissa da esposa para com o marido tirano pode não ser entendida pelos amigos e parentes. Se eles não entenderem as leis de Deus, eles dirão que esta esposa é um capacho ou uma tola.
Por Ter sido realmente salva, ela tem dentro de si o desejo sincero de fazer a vontade de Deus, que é parte integral de sua vida. 1 João 2:3-6 ensina:
“E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade. Mas, qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado: nisto conhecemos que estamos nele.”
O único momento em que ela deve desobedecer o marido é quando ele quer que ela quebre as leis de Deus. Se ele quiser que ela minta, roube, ou se envolva sexualmente com alguém que não o ele, ela deve, é claro, desobedecer. Tal desobediência pode provocar ira no marido, mas se ela for temente a Deus, e obedecer Suas leis, a fúria do marido será muito menor do que a que ela enfrentaria se não obedecesse fielmente as leis de Deus.

A arma secreta da esposa

Algo que merece atenção especial é o fato de o marido proibir a esposa de ir à Igreja ou participar de outras atividades espirituais. Deus ordena em Hebreus 10:25:
“Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia.
Deve a esposa desobedecer o marido quando ele pratica atos irracionais como este? Ela deve desobedecê-lo quando ele a proíbe de ensinar aos filhos os caminhos de Cristo? Deus diz em Efésios 6 que os filhos devem ser ensinados sobre o temor a Deus.
Uma resposta direta a essas questões não pode ser dada até que outros fatores sejam considerados porque algumas ações na vida da esposa levam a angustiantes confrontos relativos à Igreja. Um fator importante é a arma que a esposa pode usar contra o marido contra o qual ela não tem defesa alguma. O confronto sobre a Igreja é um momento em que a esposa pode usar essa arma contra ele.
Que poderosa arma é essa? Esta é uma arma que a esposa pode usar sem nenhuma malícia deliberada contra seu marido, e pode até mesmo empregá?la conscientemente para colocá-lo em seu lugar. Não é uma arma de força física. Normalmente a esposa é mais fraca que o marido. Não é uma arma de com que ela pode suplantar o marido através da mente. É uma arma que explora a falta de submissão na intimidade da cama.
Suponha que o marido é muito descuidado com a esposa. Ele pode ser cruel com ela. Ela pode mostrar seu ressentimento com comentários secos, dando-o o tratamento do silêncio, ou algo similar, de acordo com a conveniência. Se ela for realmente cristã, entenderá que este tipo de conduta é completamente rebelde contra Deus.
Todavia, o marido pode lidar com estes tipos de conduta. Pode ameaçá-la mais. Pode ficar mais agressivo em seus ataques verbais. Pode até mesmo batê-la. E como alguém que começa uma luta deseja vencer, o marido, também, deseja vencer.
Nada é resolvido por estes conflitos entre o marido e a esposa; o casamento está tremendamente ameaçado por eles o marido também se sente ameaçado pelo tratamento dispensado pela esposa. Por ser normalmente mais forte que a esposa, ele pode achar que de alguma forma ganhou dela.
Na cama a esposa tem uma arma que pode dominar o marido de modo impressionante. Mesmo que seja um marido cruel e sem carinho, ele sabe que uma das melhores coisas que já experimentou é quando a esposa se dá apaixonadamente na intimidade da cama. Essa intimidade é para ele muito mais importante que o fato de Deus tê-lo unido em uma só carne à sua esposa.

Portanto, qualquer coisa que destrua esta intimidade é um golpe em sua masculinidade.
O problema é que para experimentar a felicidade e o prazer na cama, a esposa precisa estar feliz com o marido. Quando estiverem brigando, a esposa se sentirá derrotada pelo marido tirano e se sentirá incapaz de reagir apaixonadamente ao marido na cama. Ela pode tentar evitá-lo de todas as maneiras; ou se não puder evitar, pode ficar fria e não corresponder ao marido.
Brevemente ela aprende que nada embaraça, machuca e frustra mais o marido que a falta de correspondência aos seus assédios. Por não poder vencer nas discussões ou no embate físico, ela pode se satisfazer com o fato de que na cama nada de negativo que o marido faça pode forçá-la a mudar. Ele pode ameaçá-la ou bater nela, mas isso apenas faz aumentar a sua indiferença e as suas frustrações.
Sem pensar nisso, a esposa está preparando o terreno para outro dia de brigas, silêncio, ou crueldade que o marido usa para compensar a batalha perdida na cama. O casal não está pensando racionalmente sobre o que está acontecendo. Eles estão reagindo com a intuição das tendências pecaminosas que duelam dentro deles.
O marido pode contra-atacar para mudar o placar. O que sua esposa mais ama e ele pode tirar dela? Como cristã, ela sempre faz questão de ir à Igreja, ou ouvir ao Family Radio, ou ler histórias da Bíblia para as crianças. Ele pode proibi?la de ir á Igreja e de fazer todo o resto.
Tudo que os membros da congregação podem ver é um marido desregrado se rebelando contra Deus. Eles, claro, não tem a mínima idéia do que acontece na intimidade do casal.
Enquanto isso, a esposa tenta parecer um mártir e conseguir a simpatia dos amigos. Ela pode não pensar que sua conduta na cama (que parece legítima e lógica para ela) é repreensível por Deus. Ela está violando a regra de que deve permanecer em silenciosa submissão com o marido. Ela está violando a regra de que seu corpo pertence ao marido. Ela está violando a regra de que deve sempre perdoar o marido.
A arma da frieza no casamento nunca deve ser usada. Isso levará o marido aos braços de outra mulher mais rápido do que qualquer outra coisa. Servirá apenas para destruir o casamento mais rápido do que qualquer outra coisa porque está interferindo no desígnio divino que torna os dois um só.
Por outro lado, consideremos a esposa que ama o Senhor e vive sob Suas regras. Seu marido ímpio pode começar a se perguntar, “Como posso estar casado com mulher tão complacente, apaixonada e maravilhosa mulher?” Ele pode começar a ficar cada vez mais embaraçado com sua crueldade e descaso. Então, quando ela perguntar se pode ir à Igreja no Domingo, ele não terá motivo para negar. Ele não terá necessidade de derrotá-la.
Alguém pode perguntar “Você está dizendo que todos os problemas do
casamento começam na cama?” A resposta é que eles podem não necessariamente começar lá, mas é lá que eles podem ser consideravelmente agravados, e podem ser mais facilmente resolvidos.
A idéia de se tornar uma carne com o cônjuge envolve muito mais que a cama, mas é lá que o lugar mais óbvio em que isso acontece. Daí o porquê desta ser uma das partes mais sensíveis de um relacionamento.
Quando uma mulher casa-se com o marido, ela está certa de amá-lo. Depois que a lua-de-mel acaba, e de viver com ele no confinamento e intimidade do casamento, ela descobre diversas características de que não gosta. Ele toma decisões insensatas; ele é egoísta; ele gasta o dinheiro destinado aos mantimentos; ele é preguiçoso; ele não se fixa num emprego. Ela percebe que todos os seus sonhos sobre uma bela casinha branca com cercas brancas de madeira nunca serão realizados. Pior que isso, ele começa a desejar outra mulher. Torna-se até mesmo um alcoólatra.
Ela deve continuar casada com este homem? Ela não poderia ter arranjado algo melhor que isso? Por sua vida inteira deverá permanecer escrava deste homem que tornou-se tão miserável de tantas formas?
A resposta da Bíblia é clara e forte: “O que Deus uniu, o homem não separa.” A Bíblia insiste que ela está fundida em uma só carne com este homem. Ele é seu marido. Não é um qualquer. A vida dele é sua, e sua vida é dele. Ela deve viver sua vida em silenciosa submissão a ele.
A violação na mente do princípio básico de que o casamento não pode ser rompido é a principal causa dos divórcios hoje. Enquanto o marido ou a esposa pensarem “Eu fico com você pelo tempo em que você merecer meu amor”, o desastre do divórcio paira sobre o casamento. É responsabilidade do marido amar sua esposa sem reservas. É responsabilidade da esposa amar seu marido sem reservas. Apenas marido e mulher podem entender isso. O marido deve ter querer o melhor para a esposa e amá-la. A esposa deve amar o marido e viver em silenciosa submissão. Cada um deve aceitar o outro como parte de sua vida pelo tempo em que viver.
Apesar de parecerem ilógicos, irracionais e tolos para as pessoas, estes são os princípios prescritos por Deus. Se os desobedecermos, será para
nosso próprio sofrimento. Se os obedecermos como filhos de Deus, saberemos que teremos as bênçãos de Deus, e isso é tudo!

Harold Camping
family stations, inc.
retirado do link:http://worldwide.familyradio.org/pt/literature/uniao/uniao_contents.html

18 de jun. de 2010

16 de jun. de 2010

Oração...



A ti Senhor...
Soberano Deus,Eterno Pai, Louvado Seja o Seu Santo Nome Senhor!
Em Nome de JESUS eu peço licença para entrar em Sua Santa Presença meu Pai.
Quero dizer que eu te amo e que sou grata a Ti Senhor meu, por tudo que o SENHOR fez por mim.
Em Ti Pai, está a minha vida e a minha Salvação.
Todos os dias da minha vida, vou viver, pra te adorar, para louvar Seu Santo Nome, para falar do Seu imenso Amor pela Sua criação.
Eu te amo meu SENHOR!
Tú és Maravilhoso!!
És o Único SENHOR!
SENHOR, em Nome de Jesus eu te peço, abençoa a todas as pessoas que aqui entrarem. Abençoa a cada uma delas, pois elas buscam algo de Ti SENHOR. Buscam te conhecer, saber quem Tú És, buscam respostas em Ti Senhor. Muitas entram aqui por algum motivo.
Em Nome de Jesus Pai, sonda o coração de cada uma dessas pessoas, Senhor. Abre os olhos espirituais de cada uma delas, que elas possam te conhecer, viver o Seu Poder.
Que elas sintam a Tua Paz Senhor! Que elas se sintam amadas por Ti, abraçadas, acolhidas, protegidas, Pai.
Me capacita para o evangelismo, o aconselhamento, coloca em meu coração amor por cada vida Pai, em Nome de Jesus.
Faz de mim um instrumento em Suas mãos, para que eu possa levar a Sua Palavra com sabedoria ao coração dos que ainda não te conhecem Pai.
Em Nome de Jesus, me dê ousadia e coragem, porque não me envergonho do Teu Evangelho!
Eu preciso de Ti Senhor, porque sem Ti, nada disso tem sentido.
Se o SENHOR não edificar esta casa, em vão será meu trabalho.
Mas sei que o Senhor está comigo! Louvado Seja o Seu Nome Pai!!
Me ajoelho somente perante a Ti;
Eu oro somente a Ti, em Nome de
Jesus Meu SENHOR e SALVADOR!
Amém!



15 de jun. de 2010

CASAMENTO, DIVÓRCIO, AMOR E PAIXÃO
 POR C. S. Lewis



A idéia cristã de casamento se baseia nas palavras de Cristo de que o homem e a mulher devem ser considerados um único organismo - tal é o sentido que as palavras "uma só carne" teriam numa língua moderna.

Os cristãos acreditam que, quando disse isso, ele não estava expressando um sentimento, mas afirmando um fato — da mesma forma que expressa um fato quem diz que o trinco e a chave são um único mecanismo, ou que o violino e o arco formam um único instrumento musical. O inventor da máquina humana queria nos dizer que as duas metades desta, o macho e a fêmea, foram feitas para combinar-se aos pares, não simplesmente na esfera sexual, mas em todas as esferas.

A monstruosidade da relação sexual fora do casamento é que, cedendo a ela, tenta-se isolar um tipo de união (a sexual) de todos os outros tipos de união que deveriam acompanhá-la para compor a união total. A atitude cristã não toma como errada a existência de prazer no sexo, como não considera errado o prazer que temos quando nos alimentamos. O erro está em querer isolar esse prazer e tentar buscá-lo por si mesmo, da mesma maneira que não se deve buscar os prazeres do paladar sem engolir e digerir a comida, apenas mastigando-a e cuspindo-a.

Em conseqüência, o cristianismo ensina que o casamento deve durar a vida toda. Nesse ponto, é claro que existem diferenças entre as diversas igrejas: algumas não admitem o divórcio em hipótese alguma; outras o admitem com relutância em casos específicos.

Todas encaram o divórcio como se fosse algo que cortasse ao meio um organismo vivo, como um tipo de cirurgia. Algumas acham que essa cirurgia é tão violenta que não deve ser feita de forma alguma. Outras a admitem como um recurso desesperado em casos extremos.

Todas asseveram que o divórcio se parece mais com a amputação das pernas do corpo do que com a dissolução de uma sociedade comercial. O que todas elas repudiam é a visão moderna de que o divórcio é simplesmente um reajustamento de parceiros, a ser feito sempre que as pessoas não se sentem mais apaixonadas uma pela outra, ou quando uma delas se apaixona por outra pessoa.

A Relação entre Paixão e Amor

Antes de analisar essa visão moderna e sua relação com a castidade, não devemos deixar de considerar sua relação com outra virtude – a saber, a justiça. A justiça, como tenho dito em outros contextos, inclui a fidelidade à própria palavra. Todos os que se casaram na igreja fizeram a promessa pública e solene de permanecer unidos até a morte. O dever de cumprir essa promessa não tem nenhum vínculo especial com a moralidade sexual: ela está em pé de igualdade com qualquer outra promessa.

A idéia de que "estar apaixonado" é o único motivo válido para permanecer casado exclui qualquer idéia de matrimônio como um compromisso ou promessa. Se tudo se resume ao amor, o ato da promessa nada lhe acrescenta; e, assim, nem deveria ser feito. Entretanto, como G. K. Chesterton apontou, os que se apaixonam é que mais se inclinam, de forma natural, a se ligarem um ao outro por promessas. As canções de amor no mundo todo estão cheias de votos de eterna fidelidade. A lei cristã não impõe à paixão do amor algo que seja estranho à própria natureza dessa paixão; pede que as pessoas apaixonadas levem a sério o que a sua própria paixão os impele a fazer.

E é evidente que a promessa de ser fiel para sempre, que fiz quando estava apaixonado e porque o estava, deve ser cumprida mesmo que deixe de estar. A promessa diz respeito a ações, a coisas que posso fazer: ninguém pode fazer a promessa de ter um determinado sentimento para sempre. Seria o mesmo que prometer nunca mais ter dor de cabeça ou nunca mais ter fome. Pode-se perguntar, no entanto, qual o sentido de manter unidas duas pessoas que não se amam mais. Existem várias razões sociais bem fundamentadas para tanto: dar um lar para os filhos, proteger a mulher (que provavelmente sacrificou a carreira pelo casamento) de ser trocada por outra quando o marido se cansar dela. Existe, no entanto, um outro motivo do qual estou bastante convencido, mesmo que o julgue difícil de explicar.

É difícil porque tanta gente não consegue se dar conta de que, mesmo que "B" seja melhor que "C", talvez "A" seja melhor que ambos. As pessoas gostam de raciocinar com os termos "bom" e "mau", não com os termos "bom", "melhor" e "o melhor de todos", e "ruim", "pior" e "o pior de todos".

O que chamamos de "estar apaixonado" é um estado maravilhoso e, sob diversos aspectos, benéfico para nós. Ajuda-nos a ser mais generosos e corajosos, abre nossos olhos não apenas para a beleza do objeto amado, mas para todo tipo de beleza, e subordina (especialmente no início) nossa sexualidade animal; nesse sentido, o amor é o grande subjugador do desejo desenfreado.

Ninguém que tenha o uso perfeito da razão negaria que estar apaixonado é melhor que a sensualidade ordinária ou o frio egocentrismo. Porém “a coisa mais perigosa que podemos fazer é tomar um certo impulso de nossa natureza como padrão a ser seguido custe o que custar”. Estar apaixonado é muito bom, mas não é a melhor coisa do mundo. Existem muitas coisas inferiores, mas também muitas outras acima disso. A paixão amorosa não pode ser a base de uma vida inteira. É um sentimento nobre, mas, mesmo assim, é apenas um sentimento.

Não podemos nos fiar em que um sentimento vá conservar para sempre sua intensidade total, ou mesmo que vá perdurar. O conhecimento pode perdurar, como também os princípios e os hábitos, mas os sentimentos vêm e vão.

Indiferentemente do que as pessoas digam, a verdade é que o estado de paixão amorosa normalmente não dura. É claro, porém, que o fim da paixão amorosa não significa o fim do amor. O amor nesse segundo sentido – distinto da "paixão amorosa" – não é um mero sentimento. É uma unidade profunda, mantida pela vontade e deliberadamente reforçada pelo hábito; é fortalecida ainda (no casamento cristão) pela graça que ambos os cônjuges pedem a Deus e dele recebem. Eles podem fruir desse amor um pelo outro mesmo nos momentos em que se desgostam, da mesma forma que amamos a nós mesmos mesmo quando não gostamos da nossa pessoa. Conseguem manter vivo esse amor mesmo nas situações em que, caso se descuidassem, poderiam ficar "apaixonados" por outra pessoa. Foi a "paixão amorosa" que primeiro os moveu a jurar fidelidade recíproca. O amor sereno permite que cumpram o juramento. É através desse amor que a máquina do casamento funciona: a paixão amorosa foi a fagulha que deu a partida.
As pessoas tiram dos livros (* hoje filmes) a idéia de que, se você casou com a pessoa certa, viverá "apaixonado" para sempre. Como resultado, quando se dão conta de que não é isso o que ocorre, chegam à conclusão de que cometeram um erro, o que lhes daria o direito de achar a pessoa “certa” – não percebendo que, da mesma forma que a antiga paixão se desvaneceu, a nova também se desvanecerá. Nesse departamento da vida, como em qualquer outro, as emoções são próprias do início e não duram para sempre. O encanto que sentimos quando vemos um lugar maravilhoso pela primeira vez desaparece quando passamos a morar lá. Será que isso quer dizer que o melhor seria nunca morar num lugar assim? De maneira nenhuma. Realizado o desejo, a perda da primeira emoção é compensada por um outro interesse mais calmo e mais duradouro.

Outra idéia que apreendemos de romances e peças de teatro (* filmes e novelas) é que a paixão amorosa é algo irresistível, algo que simplesmente "contraímos", como sarampo. Por acreditar nisso, certas pessoas casadas largam tudo e se atiram a um novo amor quando se sentem atraídas por alguém. Penso, porém, que essas paixões irresistíveis são muito mais raras na vida real que nos livros, pelo menos depois de chegarmos à idade adulta.

Quando conhecemos uma pessoa bonita, inteligente e bem-humorada, é claro que devemos, num certo sentido, admirar e amar essas belas qualidades. Porém não cabe a nós em boa medida julgar se esse amor deve ou não dar lugar ao que chamamos de paixão amorosa? Sem dúvida, se nossa cabeça está cheia de romances, peças e canções sentimentalistas, e nosso corpo está cheio de álcool, vamos tender a transformar qualquer amor nesse tipo específico de amor, da mesma forma que, se houver uma valeta junto à estrada num dia de chuva, toda a água vai correr por ela, ou, se você estiver usando um par de óculos de lentes azuis, tudo ficará azulado. Nesse caso, a culpa será unicamente nossa.

Extraído do clássico “Cristianismo Puro e Simples”, de C. S. Lewis, cap. 6, Editora Martins Fontes.
por C. S. Lewis

11 de jun. de 2010

Além das circunstancias.

Viva além das circunstâncias! Elas não podem e não devem reter o seu cântico de vitória. Se os seus olhos estiverem postos em Deus e o seu coração estiver firmado em Sua Palavra, a sua fé em ação liberará o cântico da confiança, da esperança, da certeza e da segurança no Senhor. Você viverá de convicções e não de momentos. Embora já tenha escrito sobre isso, insisto em que você viva no espírito e não na alma. Os almáticos permanecem presos a sentimentos, fatos e situações passageiras que podem ser vistas com os olhos naturais. Ao contrário da fé, que é “a certeza das coisas que não se vêem”, e que só podem ser contempladas com os olhos do coração (Hb 11.1). Davi compreendia esta verdade, por isso ele escreveu: “Preparado está o meu coração, ó Deus; cantarei, sim, cantarei louvores, com toda a minha alma” (Sl 108.1). Ele estava vivendo um momento crítico quando escreveu estas palavras. O seu coração estava preparado porque o seu espírito estava cheio de revelação, de fé e paz espiritual. Ele estava no descanso de Deus. A vida do espírito estava prevalecendo sobre a alma, por isso o cântico era incessante, mesmo na tribulação. Quando alguém está vivendo no Espírito, sua visão dos fatos é diferente. Observe esta declaração: “Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei pela salvação que há na sua presença” (Sl 42.5). O espírito está pronto, a carne é que é fraca, e às vezes, prisioneira das circunstâncias. Vá para um lugar mais alto. Diga como o profeta Habacuque: “O Senhor Deus é minha força, ele fará os meus pés como os da corça, e me fará andar sobre os meus lugares altos” (Hc 3.19). Ele aprendeu a viver por fé, com os olhos voltados para a realidade de Deus, crendo a partir da condição e da posição que Deus havia lhe dado através da Sua Palavra. Mesmo diante do pior, Ele confessou: “Todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação” (Hc 3.18). Isso é viver no Espírito, além das circunstâncias.


de: Claudinha *♥¸.•♥AMO JESUS*♥¸.•♥

10 de jun. de 2010

CÂNTICO DE VITÓRIA

Dá um alivio quando jogamos algo fora
Limpamos as gavetas do mundo interior
Esvaziamos nosso Eu,
Livramos de todo lixo acumulado na alma
Nos curamos das doenças da mente
Rasgamos toda lembrança inútil;
Nos libertamos do peso do jugo
da submissão aos pecados e erros;
Varremos da natureza humana,
o orgulho e a vaidade
Lançamos fora, egoísmo, e todos os complexos
Sem poder correr o risco, de cair outra vez;
Sentir nosso espírito tocar o céu,
Resgatar esperanças perdidas
Com mãos que perseveram na luta diária
Te encorajando para nunca desistir
Vivendo o maior e melhor ciclo de todos os dias !!
Por, HELOISA DE CASTRO

8 de jun. de 2010

Cordeiro de Deus, por Dave Hunt

               
A Bíblia proclama ser a Palavra do único Deus verdadeiro. Somando-se às provas históricas, arqueológicas e científicas, há muitas provas nela mesma. Não existem tais evidências para outros “escritos sagrados”. A Bíblia foi escrita durante 1600 anos por quarenta profetas, a maior parte dos quais vivia em culturas diversas e em diferentes tempos da História. No entanto, nunca se contradizem, mas se complementam.




Quanto ao Corão, os islamitas têm de aceitar a palavra de Maomé, da mesma maneira que o Livro de Mórmon se apóia somente na palavra de Joseph Smith. Enquanto isso, cada profeta bíblico é confirmado por 39 outros profetas, e todos condenam as “escrituras” de outras religiões!

Seria difícil para um autor isolado evitar contradições ao lidar com um período da História tão longo e detalhado, envolvendo tantos indivíduos e nações, e cobrindo tal variedade de assuntos como a Bíblia faz. Quanto mais isso é verdade para quarenta profetas diferentes escrevendo a uma só voz, durante um período de muitos séculos! Portanto, só há uma explicação: inspiração divina.

Centenas de profecias declaradas séculos e até mesmo milhares de anos antes do seu cumprimento são a prova irrefutável que Deus oferece de Sua existência, e essas profecias identificam, sem deixar nenhuma dúvida, a Sua Palavra para a humanidade – uma prova que é absolutamente única da Bíblia. Ao mesmo tempo que confirmam que a Bíblia é a Palavra de Deus, as profecias bíblicas desenvolvem temas que são como fios de ouro tecidos através de todo o panorama bíblico.

Nas Nações Unidas e na liderança de muitas “religiões” ouve-se o insistente clamor por uma religião mundial. Na foto: grupo inter-religioso - ortodoxo russo, católico, copta, e budista no Cairo.

Um dos maiores temas é a Redenção: o único meio pelo qual um Deus santo pode perdoar de forma justa à Sua criatura, o homem, e reconciliá-lo consigo mesmo. A Bíblia denuncia todas as religiões deste mundo como inspiradas pelo “deus deste mundo” (Satanás) (1 Co 10.20; 2 Co 4.4). Todas elas ensinam que seu deus ou deuses podem ser satisfeitos por obras ou rituais religiosos. A Bíblia é única em declarar claramente que a salvação “é dom de Deus [um dom não pode ser merecido ou ganho com esforços]... “não por obras de justiça praticadas por nós mas segundo a Sua misericórdia Ele nos salvou” (Ef 2.8; Tt 3.5).


A Palavra de Deus não nos dá espaço para acomodação, diálogo ou compromisso. A verdade não concede nada ao erro e não tem nada a discutir com a mentira. No entanto, por vários anos a Igreja Católica Romana tem “dialogado” com hindus, budistas e islamitas, religiões que se opõem categoricamente à Bíblia (uma conferência católico-budista num monastério no Kentucky/EUA alegou ter achado paralelos entre o sofrimento de Cristo na cruz, as “Quatro Verdades Nobres de Buda” e a meditação budista (Los Angeles Times, 27 de julho de 1996). Como é possível existir tal confusão? A resposta é porque o catolicismo, como todas a religiões não-cristãs, desenvolveu há séculos atrás um sistema “cristão” de obras e sacramentos para a salvação. E por muitos anos, batistas e evangélicos (cujos antepassados saíram do catolicismo durante a Reforma) têm dialogado com a Igreja Católica Romana. Enquanto isso, nas Nações Unidas e na liderança de muitas “religiões” ouve-se o insistente clamor por uma religião mundial.
O cristianismo bíblico encontra-se sozinho na oposição ao ecumenismo que, finalmente, todas as religiões irão abraçar sob o Anticristo. O Evangelho está separado de todas as religiões pela declaração aberta de todos os profetas bíblicos de que, para que Deus perdoe pecados e reconcilie a humanidade consigo mesmo, a penalidade do pecado deve ser paga em sua totalidade. Essa penalidade é a morte (separação eterna de Deus, o doador e sustentador da vida) e foi pronunciada sobre toda a raça humana: “A alma que pecar, essa morrerá... porque o salário do pecado é a morte...” (Ez 18.20; Rm 6.23). Essa penalidade não pode ser colocada de lado nem pelo próprio Deus, que deu Sua palavra eterna. Mas Deus enviou o Seu Filho, que se tornou homem através do nascimento virginal, para sofrer em nosso lugar o castigo que Ele pronunciou sobre a humanidade.

A oferta do filho Isaque pelo pai Abraão num altar só tem significado no contexto da narrativa bíblica do Pai (Deus) oferecendo a Cristo (Filho) na cruz pelos pecados da humanidade.

O fato de que o pagamento pelo pecado só pode ser feito por uma vítima sem pecado é parte integral do tema da Redenção através de toda a Bíblia. Está claro que nenhum pecador pode pagar pelos seus próprios pecados: “O sacrifício dos perversos já é abominação” (Pv 21.27). A salvação só pode vir da graça de Deus em aplicar a morte de Cristo como pagamento pelos pecados da humanidade, àqueles que aceitam a salvação nos termos de Deus. Isso é visto nos sacrifícios de animais que os judeus tinham que oferecer. O fato de que esses sacrifícios tinham que ser repetidos muitas e muitas vezes provam que eles eram somente antecipações temporárias de um sacrifício verdadeiro, o qual Deus iria providenciar: “Ora, visto que a lei... nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente eles oferecem. Doutra sorte, não teriam cessado de ser oferecidos...?” (Hb 10.1-2).


Além do mais, desde o ano 70 d.C. até agora os judeus não têm tido a possibilidade de oferecer os sacrifícios que foram estabelecidos pelas instruções específicas da Torá (os cinco livros de Moisés). Esse fato implica conseqüências seríssimas, especialmente desde que a destruição do templo e o fim dos sacrifícios não aconteceu por acaso, mas pelo julgamento de Deus sobre a rebelião de Israel, como Seus profetas predisseram: “Porque os filhos de Israel ficarão por muitos dias sem rei, sem príncipe, sem sacrifício...” (Os 3.4). Jesus declarou que o controle gentio sobre Jerusalém continuaria até o Armagedom: “...até que os tempos dos gentios se completem, Jerusalém será pisada por eles” (Lc 21.24). Essa é uma profecia notável, ainda sendo cumprida.


Então, como podem os judeus (ou gentios) receber o perdão de Deus, sendo que os sacrifícios levíticos que Ele ordenou especificamente terminaram há quase 2000 anos, e ainda é impossível realizá-los hoje em dia? A resposta a essa questão é dada no tema que se estende por toda a Escritura.
O centro desse tema são as inúmeras referências a um cordeiro como sacrifício redentor pelo pecado. O primeiro sacrifício que Deus aceitou foi um cordeiro oferecido por Abel (Gn 4.2-4; Hb 11.4). Contudo, está claro desde o início que sacrifícios de animais eram somente uma figura de um sacrifício ainda por vir, o qual seria o único que realmente poderia fazer o pagamento completo pelos pecados, e isso por duas razões óbvias: (1) A vida animal nunca se igualou à vida humana. (2) Como já vimos, sacrifícios de animais tinham de ser repetidos provando que eles não podiam remover a culpa do pecado.

No entanto, as figuras proféticas do Velho Testamento apresentam pistas impressionantes. O oferecimento de Isaque por Abraão sobre um altar é um exemplo clássico. Os islamitas dizem que foi Ismael, não Isaque, o filho oferecido – uma óbvia mentira porque não combina com o Islã. Alá não é um pai, não tem filho; o Islã não tem sacrifício redentor e nega a morte de Cristo pelos pecados.

Isaías profetizou que o Messias seria o Cordeiro prometido, sacrificado pelos pecados do mundo: “o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos... como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca” (Is 53.6,7).

Entretanto, a ordem de Deus a Abraão de oferecer seu “único filho, Isaque” (Gn 22.2) tem um significado profético inegável em relação ao sacrifício bíblico do “Filho unigênito de Deus” (Jo 3.16). A oferta do filho Isaque pelo pai Abraão num altar só tem significado no contexto da narrativa bíblica do Pai (Deus) oferecendo a Cristo na cruz pelos pecados da humanidade. Também não poderia ser uma coincidência que o exato lugar onde Deus pediu que Abraão oferecesse seu filho tornou-se o local do templo judeu e seus sacrifícios. O Islã tenta roubar também isso, dizendo que foi do lugar onde “Ismael foi oferecido como sacrifício” que Maomé subiu ao céu.

O mistério parece se aprofundar na enigmática resposta de Abraão, “Deus proverá para si o cordeiro” (Gn 22.8), à pergunta feita por Isaque: “Onde está o cordeiro para a oferta?” (Gn 22.7). Deus mesmo seria o cordeiro sacrificial para a redenção humana? Será que Cristo se referiu a essa afirmação quando declarou: “Abraão, vosso pai, alegrou-se por ver o meu dia, viu-o e regozijou-se” (Jo 8.56)? Isaías revelou que o Messias vindouro seria o filho de Deus: “um Filho se nos deu” (Is 9.6) e também que Ele seria YAHWEH, chamado o “Deus de Israel” 203 vezes na Bíblia: “seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade” (Is 9.6). Uma criança nascida de uma virgem seria o Filho de Deus e ao mesmo tempo seria Deus? Sim. Como Jesus declarou: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10.30).

Isaías também profetizou que o Messias seria o Cordeiro prometido, sacrificado pelos pecados do mundo: “o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos... como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca” (Is 53.6,7). Não é de se admirar que João Batista, quando “viu... a Jesus, que vinha para ele, ...disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (Jo 1.29,36). O intrincado relacionamento entre os escritos de tantos profetas é impressionante!

A figura profética mais completa do Cordeiro por vir se encontra na Páscoa. As detalhadas instruções já resolveram a controvérsia que é o “x” do problema no Oriente Médio, a respeito da terra que Deus prometeu a Abraão: “Dar-te-ei e à tua descendência... toda a terra de Canaã, [não existia um lugar chamado “Palestina”!] em possessão perpétua” (Gn 17.8). Ismael, porém, embora ilegítimo, era o primeiro filho de Abraão. Por isso os árabes clamam ser descendentes de Ismael, e dizem ser a “descendência” de Abraão a quem foi concedida a Terra Prometida. A Bíblia, ao contrário, diz claramente que os descendentes de Abraão através de Isaque e Jacó são a “descendência” e os verdadeiros herdeiros (Gn 17.19; 26.3,4; 28.13; 1 Cr 16.15-18, etc). De acordo com a Bíblia, o direito de posse que os árabes e muçulmanos dizem ter sobre essa terra tão disputada é uma fraude – no entanto, as Nações Unidas, a União Européia e os EUA, etc., aceitam-no como base para uma “paz” que desafia o Deus de Israel!

Os islâmicos dizem que a Bíblia foi mudada pelos judeus e cristãos. Isso não é verdade. O Deus da Bíblia define a descendência que herdará a terra tão claramente que qualquer “mudança” seria impossível: “...a tua posteridade [a qual herdará a terra] será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos... Na quarta geração, tornarão para aqui... (Gn 15.13-16).

A libertação de Israel aconteceu através do juízo de Deus na forma das dez pragas sobre o Egito. Na última foi requerido o sacrifício de um cordeiro por aqueles que quisessem escapar daquela terra amaldiçoada.

Os judeus, não os árabes, foram escravos no Egito por quatrocentos anos, daí trazidos na quarta geração para a terra de Canaã. Os árabes não entraram na “Palestina” até a invasão brutal no século VII, depois que os judeus já haviam se estabelecido ali por mais de 2000 anos. Isso é História irrefutável, provada pela Páscoa. A libertação de Israel aconteceu através do juízo de Deus na forma das dez pragas sobre o Egito. Na última foi requerido o sacrifício de um cordeiro por aqueles que quisessem escapar daquela terra amaldiçoada. Esse evento deveria ser comemorado para sempre com a refeição da Páscoa, introduzida naquela noite histórica: “Este dia vos será por memorial... Quando vossos filhos vos perguntarem: Que rito é este? Respondereis: É o sacrifício da Páscoa ao Senhor... quando feriu os egípcios e livrou as nossas casas” (Êx 12.14,26-27).


Quem guarda a Páscoa? Não são os árabes! Só os judeus a guardam pelo mundo todo até o presente. Quando um evento testemunhado por muitas pessoas é comemorado imediatamente, de um modo especial e guardado para sempre, temos aí a prova de que aconteceu como foi instituído. A Páscoa comemorada anualmente prova a escravidão de Israel no Egito e a sua libertação, como a Bíblia declara, e também que os judeus são os herdeiros de Abraão, com direito de posse sobre aquela terra, com uma escritura que Deus assinou há 4000 anos.
Não-judeus não tem direito nem propósito em guardar a Páscoa judaica. No entanto, tem se tornado popular que cristãos gentios celebram o seder judeu. É verdade que o cordeiro pascal simboliza Cristo, o Cordeiro que Abraão disse a Isaque que Deus proveria – mas o mesmo acontece com cada oferta levítica. No entanto, os cristãos não as oferecem mais hoje em dia. Então, por que celebram a Páscoa? Ela comemora o livramento ancestral do Egito, do qual os gentios não têm parte.

Mas a “Última Ceia” não era a Páscoa, e Cristo não deu a ela um significado novo, dizendo que deveria ser celebrada continuamente até a Sua volta? Um significado novo? Impossível! A refeição da Páscoa, o cordeiro, tem um significado histórico envolvendo uma aliança eterna (Gn 17.7; 1 Cr 16.15-18, etc.) a respeito da Terra Prometida. Esse significado não pode ser mudado. Aos judeus (não aos gentios) é ordenado guardar a Páscoa para sempre (Êx 12.14). O próprio Cristo não poderia ter dado um “novo significado” para a Páscoa.
Além do mais, a Última Ceia não era a Páscoa. Ela ocorreu na noite “antes da Festa da Páscoa” (Jo 13.1) e sem um cordeiro. Na manhã seguinte os judeus ainda estavam se guardando purificados para que pudessem “comer a Páscoa” (Jo 18.28). Aquela tarde, quando Cristo estava sobre a cruz, era ainda a “parasceve pascal [preparação da Páscoa]” (Jo 19.14) – Os cordeiros ainda estavam sendo sacrificados para serem comidos na refeição da Páscoa naquela noite.

“Esta Páscoa” foi algo novo inaugurado por Cristo a ser comemorado com pão e vinho (em memória do Seu corpo partido e de Seu sangue derramado) por todos que crêem nEle (judeus e gentios). “Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha” (1 Co 11.26).
Mas Jesus não disse: “Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes do meu sofrimento” (Lc 22.15)? Sim, mas “esta Páscoa” não é a mesma com o cordeiro assado guardada somente pelos judeus em memória da libertação do Egito. “Esta Páscoa” foi algo novo inaugurado por Cristo a ser comemorado com pão e vinho (em memória do Seu corpo partido e de Seu sangue derramado) por todos que crêem nEle (judeus e gentios). Por que, então, Jesus chamou essa nova instituição de Páscoa? Porque como Israel foi libertado do Egito pela morte de um cordeiro, assim ela comemora a libertação, dos que crêem, do pecado, do mundo pecaminoso e do julgamento por vir, através do verdadeiro “Cordeiro de Deus”: “Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha” (1 Co 11.26). Paulo disse: “Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado” (1 Co 5.7).

Se os sacrifícios de animais não poderiam pagar pelo pecado, qual era o seu propósito? Eles eram ilustrações físicas da verdade espiritual, além da nossa presente compreensão. Cristo continuamente usou ilustrações físicas para explicar verdades espirituais: (“beber a água que Eu lhe der... Eu sou a videira verdadeira... a porta... o pão da vida... a não ser que coma a minha carne e beba o meu sangue...” etc.). Nós fazemos o mesmo hoje. Por exemplo, cantamos hinos a respeito de sermos “lavados no sangue do Cordeiro”, mas não estamos falando literalmente.

Erros profundos ocorrem quando símbolos são tomados como substância, tais como a hóstia que é aceita como o verdadeiro corpo de Cristo. Seria como se precisássemos comer páginas da própria Bíblia de maneira que pudéssemos nos “alimentar da Palavra de Deus” (Dt 8.3; Jr 15.16; 1 Pe 5.2, etc.). O significado por trás do cordeiro do sacrifício vai muito além dos nossos mais altos pensamentos. Na visão de João foi dito a ele que “o Leão da tribo de Judá... prevaleceu para abrir o livro”. Virando-se para ver o “Leão” ele viu “um Cordeiro como tendo sido morto” (Ap 5.5-6). Como pode um leão poderoso aparecer como um cordeiro que acaba de ser morto? E de que maneira poderia Cristo ser visto como tal no céu? Da cidade celestial sabemos que “o Cordeiro é a sua lâmpada” (Ap 21.23). A Bíblia termina referindo-se ao trono eterno de Deus e do Cordeiro (Ap 22.1,3).
Somente podemos nos prostar maravilhados e gratos, regozijando-nos porque um dia iremos nos juntar aos redimidos em volta do trono, entoando o coro eterno: “Digno é o Cordeiro que foi morto” (Ap 5.12). Finalmente O veremos como Ele é (1 Jo 3.2) e compreenderemos totalmente, tendo sido transformados em Sua imagem por toda a eternidade! (Dave Hunt - TBC - http://www.chamada.com.br/)
Publicado anteriormente na revista Chamada da Meia-Noite, abril de 2007.

5 de jun. de 2010

MEU FILHO,hoje é seu aniversário,Que Jesus lhe encha de todas as bençãos ,não só hoje mais todos os dias de sua vida!
Te amamos!