30 de jun. de 2011

Soberania de Deus


 "Ainda antes que houvesse dia, EU SOU; e ninguém há que
 possa fazer escapar das minhas mãos; agindo eu, quem o impedirá?”
Isaías 43:13

Deus é aquele que tem a soberania sobre tudo, porque Ele é o Senhor de tudo; o que era e o que é, e o que há de vir. Soberania é domínio de tudo e de todos, Sua vontade esta acima de todas as coisas. Deus é soberano e reina absoluto desde antes da fundação do mundo. Sem esta soberania, Ele não poderia executar toda a sua vontade, e isto Ele fará sem impedimento algum por toda a eternidade, afinal, agindo Ele, quem impedirá?
A soberania de Deus remove a vanglória   
  
Pois ele diz a Moisés: "Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão."
Romanos 9.15


A Soberania

Nessas palavras, o Senhor reivindica, da forma mais clara possível, o direito de outorgar ou reter sua misericórdia, de conformidade com sua  própria  vontade.  Assim  como  um  monarca  está investido  da prerrogativa de conceder vida ou morte, assim também o Juiz de toda a terra tem o direito de poupar ou condenar o culpado, conforme Lhe parecer melhor. Os homens, por causa de seus pecados, perderam todo o direito diante de Deus e, portanto, merecem a perdição eterna. E, se todos eles buscarem  seus  direitos  na  presença  dEle,  não encontrarão  qualquer fundamento  para  suas reivindicações.  Se  o  Senhor  age  para  salvar alguém, Ele o faz de modo que os objetivos de sua justiça não sejam distorcidos.  No  entanto,  se  Ele  acha  melhor  deixar  os condenados sofrerem a justa sentença, ninguém pode chamá-Lo a juízo. Tolos e imprudentes  são  todos  os discursos  que se referem  aos  direitos  dos homens  serem  colocados  na  mesma  condição  diante  de  Deus. Ignorantes, se não forem algo pior, são as contenções contra a graça discriminadora de Deus; tais contenções expressam a rebeldia da natureza humana orgulhosa contra o trono e a autoridade de Jeová. Quando  Deus  nos mostra  nossa  ruína  completa,  nosso  infeliz merecimento e a justiça do veredicto divino contra o pecado, nunca mais  contestamos  a  verdade  de  que  o  Senhor  não  tinha qualquer obrigação de salvar-nos; não murmuramos diante do fato de que Ele resolveu  salvar  outros, como  se  estivesse  nos  causando  dano,  mas sentimos que, se Ele desejou volver-se para nós, isso foi um ato espontâneo  de  bondade  imerecida  da  parte  dEle,  pelo  que bendiremos  para sempre o seu nome. Como poderão  aqueles que são objeto da divina eleição adorar de forma suficiente a graça de Deus? Eles não têm motivo para se gloriarem, pois a soberania divina exclui com eficácia qualquer motivo. Somente o Senhor deve ser glorificado; a própria noção do mérito humano será lançada na vergonha eterna. Nas Escrituras, não existe uma doutrina que seja mais humilhante ao homem do que a da eleição; uma doutrina que  mais  promova  a  gratidão  e,  conseqüentemente, seja  mais  santificadora. Os crentes não devem temê-la, e sim regozijarem-se nela, em adoração.

Charles H. Spurgeon