11 de abr. de 2015

A Chave do Perdão



A Chave do Perdão

Era um jovem cheio de idéias, um empreendedor. Acreditava que poderia ficar rico e para realizar seu sonho, fez um grande empréstimo. Todavia, à medida que o negócio crescia suas dívidas, também, aumentavam. Não adiantava a esposa dizer que tivesse cuidado com tantas dívidas, ele acreditava que sabia o que estava fazendo! E, realmente, parecia que estava prosperando.

Um dia descobriu que, embora estivesse crescendo, precisava de mais dinheiro. Suas dívidas já eram muito grandes, mas ainda assim, resolveu procurar o homem mais rico da cidade, um poderoso rei, e lhe pediu um empréstimo. Apresentou seus planos, ofereceu como garantia tudo o que possuía, pois tinha certeza de que conseguiria liquidar em pouco tempo aquele débito. Mas as coisas não aconteceram como ele esperava. Muitas coisas deram erradas, sua dívida cresceu além de sua capacidade de pagamento. Já não tinha o mesmo ar confiante. Irritava-se com os filhos frequentemente, não conseguia mais dar atenção à esposa. Esta reclamava que não recebia atenção do marido e os filhos, por sua vez, reclamavam que o pai só andava de mau humor. Perdeu o apetite e o sono. Sua vida estava um caos. Tudo o que pensava era como poderia saldar aquele compromisso. Uma das questões mais sensíveis nos relacionamentos modernos refere-se a finanças: dificuldade financeira uma das principais causas de problemas conjugais.
Um dia, recebeu um mensageiro que o fez ir à presença de seu credor. Suava frio! Diante da exigência do pagamento de sua dívida, ele teve que reconhecer o fracasso de dizer que não tinha como pagar. Nunca se sentira tão mal, pensava. Mas as palavras seguintes do credor foram mais difíceis ainda. Ele ordenou “que fossem vendidos ele, sua mulher, seus filhos, e tudo o que tinha, e que se pagasse a dívida” (Mateus 18:25). Descobriu que esse problema ia afetar toda a família. Somente ele era o responsável por aquela situação e, agora, toda a família experimentaria as conseqüências de seu erro. Ele se humilhou como nunca. Algo aconteceu naquele momento, ele recebeu o perdão de sua dívida! Estava livre daquele tormento dali para frente. Poderia retomar sua jornada ascendente, poderia dar tempo para a família e os negócios com a mesma força e empenho de outros tempos, quando ainda não tinha uma dívida absurda para administrar.
Estava radiante. Contava os minutos para chegar a casa e relatar para a sua esposa as boas novas. Todavia, ainda no caminho, não soube lidar com a liberdade que o perdão lhe proporcionara. Encontrou alguém que lhe devia alguns poucos reais. Ao invés de oferecer-lhe o mesmo perdão que experimentara, agiu com extrema dureza e arrogância, chegando mesmo a sufocar a pessoa com as mãos, tamanha era a ira com aquele homem que estava demorando em saldar o compromisso firmado.
Como a pessoa não tinha como pagar, o jovem lançou-o na prisão, com a condição de que deveria permanecer lá até que pagasse o montante devido. Finalmente chegou ao lar. A boa notícia do perdão ficou sufocada pelo desgosto daquele desagradável encontro.
Algumas pessoas que presenciaram a cena reclamaram ao rei da severidade com que o jovem tratara alguém que tinha uma dívida tremendamente menor do que aquela que o rei lhe perdoara. Novamente o rei o chama. Desta vez ele vai cheio de si, sem imaginar o que lhe reservava.
Ouve duras palavras e, por seu comportamento, o rei revoga o perdão e o leva à prisão, deixando a família desguarnecida de sua presença (Leia o relato em Mateus 18:23-35). Embora o foco de Cristo nesta parábola seja o perdão, ela também ilustra uma grande verdade: nossos atos influem na dinâmica familiar. Não é possível entendê-la sem compreender a vastidão dos contextos que podem influir na ordem familiar. Nesse caso, o problema econômico gerou uma desagregação familiar, primeiro quase escravizando todos os membros da família depois, gerando uma separação. E isso acontece ainda hoje. Claro que não só as dívidas, mas a perda da saúde de um dos membros, o luto, a interferência de parentes, a insegurança, o acesso à educação e oportunidades de emprego e renda, a cultura, a religião, etc., podem interferir na dinâmica familiar, positiva ou negativamente.
Mas diante de todos esses problemas, o perdão é o elemento chave na regulação dos relacionamentos. O perdão viabiliza nossos relacionamentos imperfeitos, em um mundo imperfeito, em meio a circunstâncias imperfeitas. Precisamos constantemente de libertação e reconciliação.
De fato, precisamos de perdão em cada momento de nossa vida, mas precisamos muito mais conceder perdão às pessoas que nos causam mágoas. É ele que nos permite avançar, sem estarmos presos àquelas situações que nos magoaram. Um pai que abandonou um filho, um esposo, um amigo, etc., pessoas importantes para nós, das quais jamais esperamos certos comportamentos. Quando estes traem nossas expectativas surge a mágoa, e ela passa a estar presente em nossa vida. Há pessoas que, apesar de decorrido muito tempo, ainda sentem a dor emocional no mesmo nível de quando o problema ocorreu.
Nos últimos anos tem crescido o número de psicólogos e profissionais da saúde que têm reconhecido a importância do perdão para a saúde emocional e física. De tema religioso passou também a ser tratado como uma questão de saúde. Um estudo realizado pelo Centro Médico da Universidade Duke demonstrou que indivíduos com problemas crônicos nas costas sentem menos dores quando conseguem perdoar as pessoas que as magoaram, além de experimentarem menos problemas psicológicos, como o ódio e depressão, que aqueles que não perdoaram. Um outro estudo da Universidade Estadual de Idaho, ligou o perdão a uma baixa na pressão sanguínea e no nível de cortisol (resultante de uma resposta do corpo ao estresse e enfraquecimento do sistema imunológico) a partir de um grupo de 98 pessoas de camada social e econômica média e baixa e que buscou ser o mais heterogêneo possível em termos raciais.
"O perdão é um recurso psicológico e social que regula as relações humanas." (John Berecz). Não perdoar é manter o papel de vítima, que não permite o crescimento. É manter a raiva, mágoa, o rancor, pois mantém uma situação do passado, que influencia o presente e compromete não só o futuro, mas as relações de maneira geral, fazendo com que os laços afetivos que os une enfraqueçam. Geralmente as pessoas com dificuldade de pedir perdão ou perdoar, tendem a ser rígidas, inflexíveis, críticas com o outro e, principalmente, consigo mesmas. É o perdão que permite que um casamento e que uma amizade tenham continuidade depois de um conflito, ou que as relações de trabalho sobrevivam em meio aos desentendimentos que costumam ocorrer em ambiente profissional.
Jesus nos traz algumas lições práticas para entendermos o perdão:
1) Quem não compreende a dimensão do perdão que Deus concede, nunca aprenderá a perdoar.
2) O que de graça recebemos de graça devemos conceder! A chave para o verdadeiro perdão é deixar de focalizar o que os outros nos fizeram, e começar então a olhar para aquilo que Deus fez e faz por nós.
3) Quem perdoa coloca as pessoas em primeiro lugar. É preciso diferenciá-las das coisas ou de suas ações. Os relacionamentos devem estar em primeiro lugar. Não é porque seu filho fez algo que você não gostou que ele não pode mais ser amado! É justamente aí que ele mais precisa do seu amor, até mesmo para dizer que ele deverá assumir as conseqüências de suas decisões equivocadas.
4) Quem não oferece o perdão torna-se vítima do próprio ódio. Quando não perdoamos, por mais prejuízos que possamos ter, o maior deles é viver mal consigo mesmo e com seus sentimentos. Pior ainda é alguém lhe pedir perdão e por orgulho ou superioridade você negar. Seja humilde, releve. Mas depois que perdoou, olhe para frente sem ficar remoendo o que aconteceu ou voltando ao assunto na primeira discussão.
5) As pessoas que nos amam sofrem quando não conseguimos perdoar, mesmo que não estejam envolvidas na situação. A fragilidade da saúde, o distanciamento, os maus sentimentos cultivados por quem vive preso a uma mágoa causa danos a quem compartilha a vida conosco.
6) O perdão tem seu preço. Quando o rei perdoou o servo, ele abdicou de uma grande soma em dinheiro. Todo perdão exige que alguém tome sobre si algum tipo de prejuízo.
7) O perdão não livra automaticamente das conseqüências. Embora o servo tenha sido perdoado, isso não significa que ele pudesse agir de qualquer modo, nem que o rei voltaria a ser credor novamente. Uma coisa é o perdão, aquele sentimento de estar livre da mágoa que alguém lhe causou, outra é o nível de reconciliação que se permitirá, ou não.

Se eu não posso mudar o que aconteceu...
O perdão exige mudança de atitude. É preciso reformular, ver algo sob uma nova luz. Enquanto continuarmos presos às magoas que nos causam, jamais seremos capazes de superá-las. A parábola que Jesus contou fornece-nos algumas pistas pelas quais trilhar se desejamos experimentar o perdão libertador:
1.Saiba exatamente como você se sente sobre o que ocorreu para ser capaz de expressar o que há de errado na situação. Havia uma dívida, este era um fato. O problema é que o servo do rei tomou a pequena dívida em termos pessoais a ponto de agir com extrema ira com o seu devedor, esquecendo-se do perdão maior que recebera há pouco.
2.Comprometa consigo mesmo a fazer o que for preciso para se sentir melhor. O homem achava que se sentiria melhor colocando o devedor na cadeia, fazendo-o sofrer. A vingança não é capaz de produzir alívio. O perdão deve encontrar espaço porque é importante para você.
3.Entenda seu objetivo. Perdoar não significa necessariamente reconciliar-se com a pessoa que o perturbou, nem se tornar cúmplice dela. O rei ao perdoar o servo não disse que continuaria sendo credor do mesmo.
4.Tenha uma perspectiva correta dos acontecimentos. Reconheça seus sentimentos, foque-os no problema e não nas pessoas. Ao lançar o devedor na cadeia, este ficaria impossibilitado de trabalhar e, portanto, de saldar a dívida. O devedor ficaria preso e o credor continuaria preso aos maus sentimentos que nutria por conta da dívida.
5.Quando você se sentir aflito, aprenda a controlar o estresse. Focalize em Jesus, Ele perdoou você muito mais do que qualquer mágoa que alguém lhe tenha causado, a ponto de entregar-Se à morte de cruz por você.
6.Não espere dos outros, coisas ou ações que elas não escolheram ou não podem dar a você. Lembre a si mesmo que você pode esperar saúde, amizade e prosperidade e se esforçar para consegui-los. Porém você sofrerá se exigir que essas coisas aconteçam quando você não tem o poder de fazê-las acontecer. O devedor não tinha como pagar seu débito. Ao invés de focar no perdão recebido há pouco, o homem deixou que sentimentos de ira e avareza dominassem sua vida.
7.Ao invés de escrever a história de suas mágoas, comece reeditando sua vida a partir da experiência libertadora do perdão. Alguém me feriu, mas pelo amor de Deus, pelo meu amor a mim e pelo amor aos outros, no poder daquele que é Amor, você será capaz de perdoar. Um bom caminho é começar orando a cada dia para que Deus lhe dê poder para perdoar o seu ofensor.
É claro que em algum momento alguém já lhe machucou. Talvez você ainda não tenha conseguido superar tal situação. O que Jesus ensina por meio desta parábola não é somente que você deve perdoar, mas que Ele lhe dará forças para isso. O Seu perdão deve ser o ponto de partida para que finalmente você tenha essa experiência libertadora em sua vida. Seus relacionamentos agradecerão!
“Ao causar um dano ao seu inimigo, você se torna inferior a ele; ao se vingar dele, você se iguala a ele; ao perdoá-lo, você se torna superior a ele.” Benjamin Franklin.
Pr. Willian Oliveira
Teólogo e Psicólogo

1 de abr. de 2015

Vida Após a Morte


         Desde a Antigüidade, o homem se inquieta para descobrir o que acontece após a morte. De forma explícita ou não, todos têm sede de desvendar o mistério ou mesmo desejam se sentir mais seguros sobre o real sentido da vida e da morte. Diante desses anseios, muitos se empenham em uma procura constante, seja de religião em religião, de ritual em ritual, de profeta em profeta. Mais do que nunca, a sociedade, quase freneticamente, recorre à inúmeras alternativas para escapar da angústia da não revelação sobre a vida após a morte.  No livro de Deuteronômio 29:29, a Bíblia diz que
“Há coisas que não sabemos, e elas pertencem ao Senhor, nosso Deus; mas o que ele revelou, isto é, a sua Lei, é para nós e para os nossos descendentes, para sempre. Ele fez isso a fim de que obedecêssemos a todas as suas leis”  Deuteronômio 29.29        Essa é a exortação para uma não investigação sobre aquilo que Deus ainda não permitiu que as pessoas soubessem. Muitos que se enveredam por esse temerário caminho acabam se envolvendo com heresias e apostatando da fé. No entanto, é lícito tentar descobrir, sempre a luz da Bíblia, o trajeto que aguarda o homem quando o fôlego de vida faltar.
         Definitivamente, a morte não era plano de Deus para a Humanidade, já que a própria Bíblia afirma ser ela o salário do pecado (Efésios 6:23). Por isso, é tão difícil para o homem lidar com esse fato. Luiz Sayão explica que desejar descobrir o que acontece após a morte é uma curiosidade natural. “A morte representa o maior enigma da vida humana. Além disso, Eclesiastes 3:11 afirma que Deus pôs o anseio pela eternidade no coração do homem. Não é possível que a morte seja o fim de tudo”, ensinou Sayão, que é coordenador de Tradução da Nova Versão Internacional da Bíblia e consultor teológico da Editora Vida. Darci Dusilek, diretor da Escola de Teologia da Unigranrio, afirma que tudo aquilo que o homem desconhece fascina e impulsiona à descoberta. “O ser humano é um ser transcendente, não se esgota apenas no aparente, concreto e palpável, como no reducionismo científico. O ser humano ultrapassa todas as tentativas de definição que, geralmente, são imediatistas e deficientes”, disse. Para os cristãos, há esperança da vida eterna com Cristo nos céus. Mesmo assim, o fato de não saber exatamente o que acontece depois que se morre, oferece não apenas um misto de esperança e inquietude, mas também perigo para a fé, face a tantas opções de crença disseminadas atualmente.
         É nessa fragilidade humana que se encaixam as heresias, ou seja, doutrinas que não possuem base bíblica. A mais difundida é a doutrina da reencarnação, seguida por milhões de pessoas, que buscam uma continuidade para a vida aqui na terra. Apesar de Hebreus 9:27
“E, assim como aos homens está ordenado morrer uma só vez, vindo, depois, disto, o juízo”  Hebreus 9.27
        combater enfaticamente essa idéia, os reencarnacionistas continuam fazendo prosélitos em todos os cantos do mundo. A reencarnação seria a possibilidade de uma alma poder voltar a viver na terra várias vezes, ligada a um novo corpo.
         A Igreja Católica ensina a existência de céu e inferno, baseando-se na Bíblia. Porém, incluiu o purgatório, um local de sofrimento, onde as almas não aprovadas para irem direto para o céu sofreriam uma espécie de “pena”, até que se purificassem. Além disso, a doutrina romana ainda divulga a existência do limbo, local destinado a receber bebês que não foram batizados e que seriam, então, pagãos. Recentemente, o Vaticano demonstrou a intenção de retirar o limbo do dogma católico.
         Há também o aniquilacionismo, que é a idéia de que os ímpios (pessoas que não crêem em Deus) não passariam pelo julgamento e jamais seriam punidos de forma perpétua no inferno. Esses, simplesmente, seriam aniquilados, ou seja, deixariam de existir. Esta tese é defendida pelos adeptos da Igreja Mundial de Deus, Adventistas do Sétimo Dia e Testemunhas de Jeová. Existe ainda o universalismo, idéia não muito popular, mas que afirma que todos alcançarão a completa salvação e ninguém será reprovado. Neste caso, Deus reconciliaria consigo todos os seres humanos, independentemente das obras, méritos e intenções de cada um.

Confiança nas Escrituras
         Mas afinal de contas, para onde vamos? O que é verdade, em meio a uma infinidade de doutrinas, conceitos e filosofias que são misturados a sentimentos de incerteza e medo do futuro? Aos cristãos, evidencia-se a fé na Bíblia Sagrada, com uma postura de humildade e submissão àquelas realidades não compreensíveis. Este é também o pensamento do pastor presbiteriano Luiz Longuini Neto, professor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB). “Na realidade, acho que ninguém sabe exatamente para onde vamos. Existem especulações. A Bíblia não fala muito nisso, que é um mistério. Nós, cristãos, cremos numa vida após a morte, mas devemos nos contentar que há coisas que são mistérios, temos que ser honestos e reconhecer que para algumas coisas a Bíblia não tem resposta. Ela não fala sobre todos os assuntos”, afirmou.

Crentes: Sempre Salvos?
         A crença no arrebatamento, baseada em 1 Tessalonicenses 4:15-17, afirma que Jesus pode arrebatar a igreja a qualquer momento, devendo, então, os cristãos estarem preparados para esse fato. De acordo com Eliseu Pereira Lopes, pastor e professor de Escatologia, o crente que morre hoje é elevado aos céus pelos anjos e se encontra imediatamente com Jesus. Mas, “quem não se converteu, apesar de eu não poder dar um veredicto, teoricamente, iria para o inferno. Não acredito que todos que estão na igreja irão para o céu”, opinou Carlos Alberto Pires, professor de Filosofia da Religião.
         No entanto, será que alguém pode determinar aquele que estará no céu e aquele que estará no inferno? Lopes é contundente: “Nem todo crente será salvo, pois há um julgamento sério para a igreja e estamos vivendo a época da igreja de Laodicéia (Apocalipse 3:14), exemplo de uma igreja morna, preocupada com as coisas terrenas e com a prosperidade. Quem concorda é Russel Shedd, editor da Bíblia Vida Nova e especialista em Novo Testamento. “O texto é muito claro em Mateus 7:21. Pessoas que buscaram apenas o poder de Deus, sem buscar mudança interior e santidade não serão salvas”, explicou. Para o especialista, o que garante a salvação do cristão é a regeneração e a entrega da pessoa a Jesus.
         Sobre a necessidade do batismo nas águas, ressaltada em Marcos 16:15, Luiz Sayão diz que “se a pessoa for apenas batizada, sem conversão real, de nada valerá. Uma pessoa que não pôde ser batizada e é convertida, será salva. Todavia, não creio na salvação de alguém que recusa o batismo por não querer compromisso”. Esse debate lembra a polêmica sobre aqueles que morrem sem nunca aterem ouvido falar de Jesus. Mas Shedd responde: “Deus é justo (vide Salmo 25:8). Ninguém vai para o inferno injustamente. Há pessoas que nunca ouviram falar do Evangelho, mas buscam a Deus. Não será salvo somente aquele que não abriu o coração para Deus”. 

Vamos nos Reconhecer no céu?
         Segundo o professor Lopes, haverá reconhecimento entre salvos no céu. Mas isso acontecerá no nível da personalidade e não das lembranças físicas. Para comprovar esta tese, ele usou o exemplo dos apóstolos que reconheceram Moisés e Elias no Monte da Transfiguração (Marcos 9:2-8). Por estarem envolvidos na atmosfera celeste, os apóstolos os reconheceram, mesmo sem terem sido contemporâneos entre si. Na opinião de Russel Shedd, as pessoas irão se lembrar desta vida terrena quando estiverem no céu. “Já que haverá julgamento, teremos lembrança da vida na terra. Creio que o que não haverá é relacionamento humano no céu. Sendo assim, não vamos estar sujeitos a sentimentos humanos”. Complementando, Dusilek disse que “no céu não haverá pranto, nem lágrimas, nem dor, pois as primeiras coisas já são passadas. Vamos nos conhecer no céu, mas não teremos lembranças amargas que possam tirar a nossa bem-aventurança”. Em contrapartida, a opinião de Sayão é outra: “A identidade de uma pessoa tem a ver com a consciência. Não faz sentido estar no céu sem ter lembrança de nada que aconteceu na terra”.

Animais Também Irão Para o Céu?
         Com relação a entrada de animais no céu, a reportagem encontrou bases para uma resposta afirmativa e negativa. “O Apocalipse fala da Nova Jerusalém que desce dos céus à terra (caps. 21 e 22) e do ser humano remido, que estará em completa harmonia com a natureza, segundo Isaías 11:8. Pensando que o céu pode ser apenas uma dimensão diferente da terra, entendo que teremos animais no céu. Mas não temos detalhes sobre isso, além de poucas referências simbólicas”, explicou Dusilek. Na concepção de Shedd, que também toma como base Isaías 11:8, há muitas pessoas que afirmam ter recebido revelações e visões do céu, onde existiam animais. No entanto, é sabido que animais não têm espírito, apenas alma e que o que nos ligaria a Deus seria o espírito. Então, como o animal poderia estar no céu, em uma dimensão espiritual? Baseado nisso, o pastor Lopes não acredita que no céu haverá animais.

Quero o meu Galardão!
         Segundo o dicionário Michaelis, galardão significa “recompensa de serviços importantes, honra, glória e prêmio”. Aparece pela primeira vez nas Escrituras em Gênesis 15:1, quando Deus diz a Abrão que o seu galardão seria grande. Seria o galardão uma coroa “cheia de pedrinhas”, como muitos acreditam? “Eu creio que esse tipo de galardão seja a nossa alegria e satisfação, segundo o que fazemos para o Senhor neste mundo. A medida em que nos comprometemos com o Senhor aqui na terra, teremos mais alegria lá no céu”, disse Pires. Já Shedd, afirmou que galardão seria a capacidade desenvolvida por cada pessoa aqui na terra, de gozar mais da presença de Deus no céu. Quanto mais a pessoa fosse apaixonada por Jesus, mais ela se alegraria no céu e se diferenciaria das demais. Porém, Dusilek é taxativo na sua opinião: “galardão não pode significar que no céu existirá uma sociedade discriminatória como na terra. A linguagem que fala dos galardões é uma linguagem essencialmente econômica e procura levar os crentes a fazer um depósito em vida para garantir a sua previdência na eternidade. Não concordo com esta idéia. Mas entendo que o galardão maior do crente será contemplar o Cordeiro assentado junto ao trono de Deus e que não devemos ceder à tentação de quantificar esse galardão”. 

Ruas de Ouro de Verdade?
         A descrição do livro de Apocalipse gera muita polêmica entre os acadêmicos de Teologia. Alguns acham que ruas de ouro, muros de jaspe e portais de pérola são figuras de linguagem usadas pelo apóstolo João ao se deparar com tamanha majestade e glória de Deus. Esta é a concepção de Shedd: “O livro de Apocalipse requer uma interpretação simbólica. Sem dúvidas, não podemos interpretar literalmente, pois essa descrição é uma tentativa de passar o valor e a riqueza da vida futura”. Para o pastor Longuini, a descrição é metafórica e tenta fazer uma comparação com a majestade e a grandeza do Império Romano, referência de glória terrena até então conhecida. Mas há quem creia que a descrição da Nova Jerusalém é exata. “Eu creio que a descrição é literal da Nova Jerusalém”, diz o professor Lopes, que afirma ainda que lá no céu “todos vão receber uma porção de servir ao Senhor, mas sem ciúmes e inveja. Não sabemos exatamente o que cada um vai fazer. Só sabemos de uma coisa: o louvor será constante”.

Inferno: Uma Contradição Com o Amor de Deus?
         Uma das tendências humanistas da pós-modernidade é crer na impunidade do homem diante de Deus. É a famosa concepção de que Deus é bom e vai entender as fraquezas humanas, isentando o homem de um juízo segundo as suas obras. Por outro lado, pagãos e adeptos de outras crenças afirmam que o Cristianismo apresenta um Deus um tanto malvado por enviar pessoas ao inferno, ao invés de perdoá-las. Como cristãos, não se pode duvidar da identidade do Criador, pois 1 João 4:8 afirma que “Deus é amor”. “É importante que falemos de Deus no conjunto do seu ser e da ação dos seus atributos. É claro que Deus é amor. Mas devemos lembrar que Ele também é justiça. A imagem que algumas pessoas têm de um Deus bonachão que passa a mão sobre a cabeça das pessoas é pagã e não-bíblica. Na verdade, Deus não manda ninguém para o inferno. Se alguém vai para o inferno, o faz em decorrência de sua própria escolha (João 12.47-50)”, ensinou Dusilek. Lopes afirma que a chance de ser salvo acontece enquanto estamos em vida. “Todos têm a chance de serem salvos, segundo a graça salvadora (Tito 2:11), que se manifestou a todos os homens. Todos os homens tiveram a mesma chance de se salvar”.
        Para Pires, a sociedade vive um momento muito difícil, onde o homem trabalha em cima de uma subjetividade. “Ele manipula as coisas de tal forma que quer que tudo aconteça, segundo seus desejos, difundindo uma pluralidade e um misticismo muito grande. Essa é uma confiança pós-moderna e o tempo de instabilidade e insegurança afasta o homem das realidades espirituais”, afirmou. De acordo com o estudioso, Deus permite a existência de outras doutrinas, para que o verdadeiro cristão se fixe somente Nele. Endossando o que o professor disse, pode ser citado o livro de 2 Timóteo 4:3-4
“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres, segundo os seus próprios desejos, e desviarão os ouvidos da verdade”. 2 Timóteo 4.3-4

Mais da Metade dos Americanos Crê Que Vai Para o Céu
         Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Barna, nos Estados Unidos, revelou que 81% dos americanos acredita em vida após a morte de alguma forma. O estudo mostrou também que 79% do percentual entrevistado crê que após a morte só há dois caminhos: viver na presença eterna de Deus ou na separação eterna Dele, 76% acreditam na existência do céu e 71% responderam que acreditam em inferno. Outra realidade que a pesquisa mostrou é que 64% dos americanos acham que vão para o céu. Essa pesquisa foi realizada em outubro de 2003 e foram entrevistadas mil pessoas, entre homens e mulheres, de diversas faixas etárias. 

O QUE ENSINA AS PRINCIPAIS RELIGIÕES DO MUNDO

  • Cristianismo (2,1 bilhões de seguidores) - cristãos protestantes crêem na existência de céu e inferno, enquanto os católicos afirmam existir céu, inferno, purgatório e limbo.
  • Islamismo (1.3 bilhões de seguidores) - crê na existência do céu e do inferno. Alah julgaria cada ser humano pelas ações que praticou. Aqueles que não tiverem pecado vão para o paraíso, enquanto os pecadores permaneceriam algum tempo no inferno antes de entrar no Paraíso. Apenas os hipócritas religiosos vão permanecer no inferno.
  • Hinduísmo (851 milhões de seguidores) - Segue a lei da reencarnação e do karma: o bem e o mal que a pessoa faz determinará como ela virá na próxima reencarnação. Esse ciclo duraria até o hindu chegar no estágio de se transformar no inexistente, vindo a ser parte do universo.
  • Judaísmo (15 milhões de seguidores) - Os obedientes viverão para sempre com Deus e os injustos sofrerão no inferno. Neste ponto se assemelham aos cristãos, mas os judeus não crêem que Jesus foi o Messias.
  • Espiritismo (13 milhões de seguidores) - embora tenha diversas ramificações, o ensino comum sobre vida após a morte é a reencarnação. Uma alma que viveria aqui na terra muitas e muitas vezes, em estágios de sua evolução.
Fonte: Dicionário Virtual Wikipédia e Centro Apologético Cristão de Pesquisas 

REENCARNAÇÃO EM ALTA NA REDE GLOBO

         Nos últimos anos a reencarnação tem sido um tema largamente explorado pelas novelas da Rede Globo. Dentre elas, destacam-se três: “A Viagem”“Alma Gêmea” e “América”. A primeira conta a história de um jovem que morre, vai para o purgatório e de lá consegue atormentar pessoas na terra. No final, acaba voltando à terra em um outro corpo. Atualmente, a novela está sendo re-exibida pela emissora. “Alma Gêmea”, que está no ar, também fala sobre o assunto: um homem viúvo, que encontra numa jovem a reencarnação da sua amada falecida anos antes. A terceira,“América”, exibida em 2005, contou a história de um peão que, em estado de coma, perambula em lugares sombrios, que seria o purgatório. Ele acaba voltando para o corpo e retomando a sua vida normal. 

TESTEMUNHO: DA MORTE PARA A VIDA

         “Nasci num lar cristão, mas na adolescência me afastei do Senhor. Acabei me envolvendo com drogas como heroína, cocaína e LSD. Aos 21 anos, já tinha sofrido 17 overdoses. Na última delas, eu já havia contraído pancreatite, úlcera no duodeno, cirrose e ainda uma infecção hospitalar no Hospital Pedro Ernesto, no Rio de Janeiro, onde estava internado. Permaneci no hospital por três meses e foi neste período que eu me arrependi e voltei para Deus. Mas acabei morrendo.
         Pude ver tudo quando saí do meu corpo. Vi a Junta Médica falando sobre minha morte. De repente, vi o teto do hospital se abrindo e um carro descendo do céu. Dele, saiu um anjo, vestido de roupas brancas e tinha cabelos dourados. Ele me pegou pela mão e me levou para o céu. Lá, vi um coral de salvos cantando, e tudo era muito lindo. Perguntei ao anjo, que se chamava Benção, se eu havia morrido e ele me disse que não, que quem estava em Cristo não morria, mas passava da morte para a vida.
         O chão daquele lugar era como de pedras preciosas, pois brilhava e minha pele havia sido transformada, pois estava translúcida. Pude ver naquele lugar um exército poderoso de anjos marchando. Perguntei ao anjo quem eram e ele me respondeu que era um grupamento que descia todos os dias à terra para pelejar pela igreja. Vi também um rio cujas águas saltavam. Era um rio de águas vivas, que segundo o anjo que me guiava, era derramado nas igrejas para enchê-las do Espírito de Deus.
         Depois de caminhar por um tempo, chegamos a um altar. Havia sete degraus e 12 tronos de cada lado e desses tronos saiam vozes que glorificavam a Deus. No meio, havia dois tronos que brilhavam como a luz do sol. Chegamos perto desses tronos. Jesus estava em um deles, mas não pude vê-lo, apenas ouvi a sua voz. Ele me disse que me amava e que sempre teve um plano para a minha vida, mas que eu não o tinha levado a sério. Eu pedi perdão a Ele, e sentia o amor Dele por mim. Depois disso, Ele me mostrou a terra, um estádio lotado de cristãos adorando-o, mas entre eles havia muralhas grandes. Isso mostrava a divisão entre as igrejas. E Jesus afirmava que ia unir a sua igreja na terra. Ele também me mostrou demônios arrastando pessoas para um abismo. E, chorando, afirmou que aquelas eram pessoas que não aceitaram a sua Palavra. E me disse mais, que havia poucas pessoas na terra pregando a sua Palavra e afirmou que eu voltaria para realizar a sua vontade: ser seu ministro da Palavra.
         Após isso, voltei ao meu corpo, que já estava no necrotério do hospital. Afinal, já havia passado oito horas que eu havia sido dado como morto. Levantei do leito e comecei a glorificar a Deus. Minha mãe e os outros que estava ali ficaram assombrados. Demorei ainda nove meses para me recuperar, principalmente quanto à cicatrização da minha barriga, que havia ficado muito tempo aberta no período em que estive morto. Depois de me recuperar, passei a servir a Deus, ministrando a sua Palavra.
         Essa história aconteceu em 1981 e eu recebi uma marca de Deus, que comprova o poder de Deus na minha vida: vivo com três temperaturas em meu corpo, o que, segundo a medicina é mortal. Hoje, sou casado, tenho duas filhas e sou pastor da Associação Evangélica Missionária Ministério Vida.”     Bispo Salomão dos Santos

LUGAR DOS MORTOS NO ANTIGO TESTAMENTO

 


Fé, lágrimas e utopia


 Fé, lágrimas e utopia
Eu também tenho mais perguntas do que respostas. Mas das respostas já não faço questão. Madame Guyon disse que “se as respostas às perguntas da vida são absolutamente necessárias para você, então esqueça a viagem. Você nunca chegará lá, pois esta é uma viagem de incógnitas, de perguntas sem resposta, de enigmas, de coisas incompreensíveis e, principalmente, injustas”. Andamos por fé. A fé não tem a ver com certezas, mas com confiança. Confiança em Deus, seu caráter justo, amoroso e bom. Jesus também fez uma pergunta e não obteve resposta. O que lhe doía não era a a falta de explicações, mas o desamparo. No dia da tragédia não precisamos de respostas, precisamos de alguém. Deus é suficiente para compreender nossa perplexidade, assumir posição de réu sob nossas dúvidas, e sofrer o peso da nossa dor. Assim creram os antigos: Deus é nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na tribulação, pois nem a morte, pode nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Eu também choro. Sei que a vida continua, que não posso ficar preso ao passado, que devo levantar a cabeça e seguir em frente, que tenho ainda minha própria vida para viver… Mas antes preciso chorar. Preciso acolher meu sofrimento, dar a ele boas vindas, permitir que a tragédia faça seu caminho até o mais profundo do meu coração, fazer com que a dor traga de volta lembranças abafadas pela correria da vida, promova arrependimentos, desperte sonhos adormecidos, traga para a luz memórias de afeto e alegria. Assim posso purgar tudo isso sem medo, vencer a escuridão com a coragem de chorar. Oferecer minhas lágrimas como a mais legítima das orações e o meu pranto como o mais sublime tributo de amor. Jesus também chorou diante da morte. Deus é suficiente para nos outorgar perdão, redimir palavras e gestos, recolher as palavras e gestos que jamais deveriam ter ganho concreção, e dar destino ao que ficou por dizer e fazer. Deus é bom e sabe amar, capaz de enxugar nossas lágrimas e dar sentido e significado ao nosso sofrimento. Assim creram os antigos: a tribulação produz.
Eu também fico indignado. Também não me conformo com os desmandos de um país que agoniza sob incompetências, negligências, imperícias, imprudências, e, principalmente, a corrupção sistêmica e a injustificada impunidade. Mas não vou permitir que isso me torne cínico e cético. Vou dar mais ouvidos aos idealistas, me agarrar às forças das utopias, me deixar levar nas asas da esperança. Vou arregaçar as mangas, arar a terra e semear o solo regado com o sangue dos justos e inocentes. Vou repartir como meu próximo os frutos do meu sofrimento, compartilhar o labor com tantos irmãos que ainda não se curvaram diante da mediocridade, não se deixaram vencer pelas forças das trevas, e não se intimidaram face aos promotores e mantenedores da morte. Jesus também sofreu, e não desistiu. Jesus também morreu. E sua ressurreição é não apenas convocação para a luta, mas garantia de vitória. Assim creram os antigos: eu sei que meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra!
© 2014 Ed René Kivitz
[retirado de: http://www.ibmorumbi.com.br/esbocos/view.asp?CID=27&ID=618 ]

A perseverança é uma das virtudes...




Quando uma mulher sábia fala, ela justifica a esperança que existe dentro dela.As palavras mais importantes que podemos dizer são as que explicam nossa fé a qualquer um que pergunte ou que esteja disposto a ouvir. Devemos ser capazes de justificar a esperança que temos dentro de nós (1 Pe 3:15). Precisamos orar para que Deus nos ajude a nos tornarmos ousadas o suficiente para explicar de maneira clara nossa fé em Deus. Precisamos pedir a Deus que nos ajude a contar a outros por que dizemos que Jesus é nosso Messias, por que não podemos viver sem o Espírito Santo e por que escolhemos viver nos caminhos de Deus. Devemos ainda ser capazes de fazê-lo de maneira amorosa e humilde, de outro modo, vamos nos alienar daqueles que Deus deseja trazer para perto de si. Se o amor de Deus e o testemunho de sua bondade não estão em nosso coração, então não sairão de nossa boca. E aquilo que dissermos não atrairá as pessoas para o Senhor. Talvez, na verdade, acabe fazendo exatamente o oposto.Quando uma mulher sábia fala, ela sabe que o tempo certo é importante. Quando é preciso dizer coisas que são difíceis para aquele que está ouvindo, é de suma importância saber o tempo certo. Não se podem dizer determinadas palavras com sucesso, se a pessoa que estiver ouvindo não encontrar-se aberta e pronta a elas. E importante discernir isso, e a única maneira de saber com certeza quando devemos falar e o que devemos falar é orar sobre isso de antemão. A Bíblia diz que não devemos ser precipitadas em falar (Pv 29:20). Uma mulher sábia sabe que não deve compartilhar todos os pensamentos que lhe vêm à mente. "O insensato expande toda a sua ira, mas o sábio afinal lha reprime" (Pv 29:11). Você pode ter coisas boas a dizer, mas as pessoas nem sempre estão preparadas para ouvi-las. Só Deus sabe ao certo quando alguém está pronto. Peça a Deus que lhe mostre.Quando uma mulher sábia fala, ela diz a verdade. Quando não dizemos a verdade, magoamos os outros e a nós mesmas também. "Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros" (Ef 4:25). No entanto, não podemos sair por aí falando a verdade sem sabedoria, sensibilidade e noção do momento certo de acordo com o Senhor. As pessoas não querem ouvir cada mínimo detalhe da verdade sobre si mesmas o tempo todo. É demais para elas. Algumas vezes, é melhor não dizer nada e pedir a Deus que lhe mostre quando a pessoa estiver pronta para ouvir a verdade.Quando uma mulher sábia fala, ela não é tagarela. Devemos ter cuidado para não falar mais do que o necessário. "Porque dos muitos trabalhos vêm os sonhos, e do muito falar, palavras néscias" (Ec 5:3). Sempre disse a meu grupo de oração que não devemos passar mais tempo falando sobre os pedidos do que passamos orando por eles. Além disso, não podemos simplesmente deixar que as palavras saiam de nossa boca sem pensar naquilo que estamos falando. Iremos prestar contas de todas as palavras frívolas no dia do julgamento (Mt 12:36). E uma idéia assustadora. Devemos pedir a Deus que nos torne sábias com relação a quanto devemos falar.Quando uma mulher sábia fala, suas palavras são bondosas. Não podemos falar palavras maldosas, insensíveis, ásperas, ríspidas, rudes, enganosas, ofensivas ou arrogantes sem colher as conseqüências. Com nossas palavras podemos construir ou destruir vidas. "Mas o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem" (Mt 15:18). "Nas palavras do sábio há favor, mas ao tolo os seus lábios devoram" (Ec 10:12). Peça a Deus que crie em você um coração puro tão cheio do Espírito Santo, de seu amor e sua verdade a ponto de transbordar de amor, verdade e cura naquilo que você diz. Peça a Deus que a ajude a encontrar palavras que vivifiquem os que estão ao seu redor.

Senhor.

Ajuda-me a ser uma pessoa que diz palavras que constroem e não destroem.

Ajuda-me a ter palavras vivificadoras para as situações e pessoas ao meu redor e não palavras de morte.

Enche meu coração novamente a cada dia com teu Santo Espírito, para que teu amor e bondade transbordem de meu coração para minha boca.

Ajuda-me a falar apenas coisas que são verdadeiras, respeitáveis, justas, puras, amáveis, virtuosas e louváveis.

"As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu!" (Sl 19:14).

Guarda minha boca de dizer qualquer mal ou qualquer coisa que não seja verdadeira. Espírito Santo da verdade, guia-me em toda a verdade.

Ajuda-me a falar "de acordo com os oráculos de Deus" e com a capacidade que vem de ti para que tu possas ser glorificado (1 Pe 4:11). Que cada palavra minha reflita tua pureza e amor.

Tua Palavra diz que "o coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor " (Pv 16:1).

Prepararei meu coração ao passar tempo com tua Palavra todos os dias e ao obedecer a tuas leis. Prepararei meu coração adorando-te e dando-te graças em todas as coisas.

Enche meu coração de amor, paz e alegria para que elas fluam de minha boca. Mostra-me quando murmuro ou falo de modo negativo.

Ajuda-me a não falar rápido demais ou em excesso.

Ajuda-me a não usar palavras que causem falhas de comunicação.

Mostra-me quando falar e quando ficar calada.

E, quando eu falar, dá-me palavras que trarão vida e edificação.


Ajuda-me a ser uma mulher que fala com sabedoria, bondade e clareza e nunca de modo leviano, áspero ou insensível.

Dá-me palavras que falam da esperança que há dentro de mim, a fim de que eu possa explicar minha fé de modo persuasivo e tocante.

Que minhas palavras conduzam os outros a um conhecimento mais pleno de ti.
Stormie Omartian