30 de dez. de 2010





Conhecer a vontade de Deus

Vem aí mais um ano recheado de planos e sonhos que trarão bons resultados se estiverem formulados segundo a vontade de Deus, uma vez que ela afeta a nossa vida diretamente. Mas, como uma pessoa consegue identificar a vontade de Deus?
Segundo a bíblia, a vontade de Deus tem três sentidos diferentes:
(1) Lei de Deus: A Lei de Deus é uma maneira de identificar a Vontade de Deus. Davi, por exemplo, forma um parelelo enre a frase tua lei e a tua vontade: "Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu, sim, a tua lei está dentro do meu coração" [Salmo 40:8]. Noutras palavras: Através de sua lei, o Senhor nos instrui no caminho que Ele traçou e ela pode ser apropriadamente chamada Vontade de Deus.

(2) Perfeita Vontade de Deus: Usamos essa expressão para designar qualquer coisa que Deus explicitamente quer. Por exemplo: A vontade revelada de Deus é que todos sejam salvos: "O qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade" [I Timóteo 2:4] e que nenhum crente caia da Graça. Isso não quer dizer que todos serão salvos, mas apenas que Deus deseja a salvação de todos.

(3) Vontade Permissiva de Deus: Finalmente a vontade de Deus pode referir-se àquilo que Ele permite acontecer. De fato, muita coisa que acontece no mundo é contrária à Perfeita Vontade de Deus (pecado, ódio, violência, imoralidade), contudo, Deus permite que o mal continue por enquanto. A decisão de muitas pessoas em permanecerem sem salvação também é permitida por Deus, pois Ele não impõe a fé aos que recusam a salvação por meio de seu Filho (Jesus).

Como fazer a vontade de Deus:

(1) Primeiro devemos descobrir qual é a vontade de Deus, conforme revelada nas Escrituras: "Ao homem pertencem os planos do coração, mas a resposta da boca é do Senhor" [Provérbios 16:1].

(2) Uma vez que já sabemos como Deus deseja que vivamos, precisamos dedicar-nos ao cumprimento da sua vontade. O salmista, por exemplo, pede a Deus que lhe ensine a fazer a sua vontade: "Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus, guie-me o teu bom Espírito por terreno plano" [Salmo 143:10]. Semelhantemente, Paulo espera que os cristãos de tessalonicenses sigam a vontade divina, evitando a imoralidade sexual e vivendo de maneira santa e honrosa [I Tes. 4:3-4].

(3) Devemos desejar com sinceridade a perfeita vontade de Deus e ter propósito de cumprí-la em nossa vida. Se essa for nossa oração e compromisso, teremos total confiança de que o nosso presente e futuro estarão sob os cuidados do Pai.

Assim como Jesus veio para destruir as obras do diabo, assim também é a vontade explícita de Deus que batalhemos contra elas: "E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus" [Romanos 12:2].

Feliz ano novo debaixo da vontade de Deus!

Fonte de apoio: Bíblia de Estudo Pentecostal
Postado por Marcelo Rosa Davila



27 de dez. de 2010

21 de dez. de 2010



A Oração de Maria

de Max Lucado

Deus. Ó Deus infante. O mais precioso filho do céu. Concebido pela união da graça divina com a nossa desgraça. Durma bem.
Durma bem. Banhado pela fresca da noite cravejada de diamantes. Durma bem, pois o fogo da ira ferve bem perto. Goze do silêncio do berço, pois o ruído do tumulto se faz sentir em seu futuro. Saboreie a doce segurança de meus braços, pois chegará breve o dia em que não poderei protegê-lo.
Descansem bem, mãos pequeninas. Pois apesar de pertencerem a um rei, vocês não tocarão o cetim, não possuirão ouro. Não pegarão numa pena, não guiarão um pincel. Não, suas mãos pequeninas foram reservadas para obras mais preciosas:
tocar a chaga viva de um leproso
enxugar a lágrima triste de uma viúva,
agarrar-se ao chão do Getsêmani.

Suas mãos, tão minúsculas, tão ternas, tão brancas — fechadas hoje em forma de punho infantil. Elas não foram destinadas a empunhar um cetro nem abanar do balcão de um palácio, mas reservadas para o cravo romano que irá pregá-las numa cruz romana.
Durmam bem, olhos pequeninos. Durmam enquanto podem. Pois logo virá a claridade e você vai ver a confusão que fizemos do seu mundo.
Verá nossa nudez, pois não podemos ocultar-nos.
Verá nosso egoísmo, pois não podemos dar.
Verá nossa dor, pois não podemos curar.


Ó olhos que verão o abismo escuro e seu terrível príncipe... durmam, por favor, durmam; durmam enquanto podem.
Fique quieta, boquinha pequenina. Fique quieta boca pela qual falará a eternidade.
Língua minúscula que em breve chamará os mortos,
que irá definir a graça,
que silenciará nossa insensatez.


Lábios de botão — sobre os quais paira um beijo de estrelas concedendo perdão para os que crerem em você, e de morte para os que o negarem — fiquem quietos.
Pezinhos pequeninos que cabem na palma de minha mão, descansem. Pois passos difíceis estão à sua frente.
Sentem o cheiro do pó das estradas que terão de palmilhar?
Sentem a água fria e salgada sobre as quais andarão? Recuam ao sentir o prego que terão de suportar? Temem a descida íngreme pela escada em espiral até o domínio de Satanás?
Descansem, pezinhos pequeninos. Descansem hoje para que amanhã possam andar com poder. Descansem. Pois milhares irão seguir os seus passos.
Pequeno coração... coração santo... bombeando o sangue da vida através do universo: quantas vezes iremos quebrantá-lo?
Você será dilacerado pelos espinhos de nossas acusações.
Você será devastado pelo câncer do nosso pecado.
Você será esmagado pelo peso de sua própria tristeza.
E será traspassado pela lança da nossa rejeição.


Todavia nesse ato de traspassar, nesse último rompimento de músculo e membrana, nessa precipitação final de sangue e água, Ele irá encontrar descanso. Suas mãos serão libertadas, Seus olhos verão a justiça, Seus lábios sorrirão, e Seus pés o levarão para casa.
E ali descansará de novo — desta vez nos braços do Pai.










16 de dez. de 2010


O Que Jesus Fez Por Nós

[No Natal, pensamos em dar e receber presentes. Mas, ninguém nos deu tantos presentes e de tanto valor quanto o nosso Senhor Jesus Cristo.]
- Jesus virou pobre, para que nós pudéssemos ser ricos.
2 Cor 8:9 "pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos."
- Jesus nasceu, para que nós pudéssemos nascer de novo.
João 1:14; 3:2,7 "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai….. 'Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo.' "
- Jesus virou servo, para que nós pudéssemos ser filhos.
Gal 4:6-7 "E, porque vós sois filhos, enviou Deus ao nosso coração o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai! 7 De sorte que já não és escravo, porém filho; e, sendo filho, também herdeiro por Deus."
- Jesus não teve lar, para que nós pudéssemos ter um lar celestial.
Mat 8:20 "Mas Jesus lhe respondeu: As raposas têm seus covis, e as aves do céu, ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça." ….
João 14:2 "Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar."
- Jesus passou fome, para que nós fôssemos fartos para sempre.
Mat 4:2 " E, depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, teve fome."
João 6:50 "Este é o pão que desce do céu, para que todo o que dele comer não pereça."
- Jesus teve sede para que nós pudéssemos ser saciados para sempre.
João 19:28 "Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede!"
João 4:13-14 "13 Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter sede; 14 aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede"
Jesus foi despido, para que nós pudéssemos ser vestidos.
Mat 27:27-28 "27 Logo a seguir, os soldados do governador, levando Jesus para o pretório, reuniram em torno dele toda a coorte. 28 Despojando-o das vestes, cobriram-no com um manto escarlate;" Gal 3:26-27 " 26 Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; 27 porque todos quantos fostes batizados em Cristo de Cristo vos revestistes."
- Jesus foi desamparado, para que a gente nunca fosse abandonado.
Mat 27:46 "Por volta da hora nona, clamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni? O que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?"
Mat 28:20b "…E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século."
- Jesus foi amarrado, para que nós pudéssemos ser libertados.
Mat 27:1-2 "Ao romper o dia, todos os principais sacerdotes e os anciãos do povo entraram em conselho contra Jesus, para o matarem; 2 e, amarrando-o, levaram-no e o entregaram ao governador Pilatos."
João 8:33-36 " 34 Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado. 35 O escravo não fica sempre na casa; o filho, sim, para sempre. 36 Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres."
- Jesus foi feito pecado, para que nós fossemos justificados.
2 Cor 5:21 " Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus."
- Jesus morreu para que nós pudéssemos viver.
João 5:24 "Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida."
- Jesus desceu para que nós pudéssemos subir.
João 6:38 "Porque eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim a vontade daquele que me enviou."
1 Tess 4:16-17 " 16 Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; 17 depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor."
-- adaptado de Larry Farthing [em *www.hermeneutica]

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14 de dez. de 2010


"O Presente Que Não Podia Esperar"

Terry Schaefer queria comprar um presente de Natal muito especial para seu marido Davi. Mas, ela enfrentava dois problemas.
Problema # 1 era o custo.
Problema # 2 era encontrar o que ela queria.

Sua pequena cidade de Moline tinha poucas lojas e ela procurou em todo canto.
Quando ela finalmente encontrou o que queria para seu marido, ela quase desistiu por causa do preço.

Mas, porque ela não desistiu, a vida do seu marido foi salva.
Ela teria desistido, se não fosse pela ajuda do dono da loja. Ela não tinha o dinheiro suficiente. Era um presente muito caro. O salário de seu marido como policial, apesar de adequado, deixava pouco dinheiro sobrando no final do mês.
Ela perguntou se o dono da loja não poderia guardar o presente dela e deixar ela fazer os pagamentos até Natal. Ele disse que não.
Mas, aí ele disse “Por outro lado, não posso deixar você sair daqui sem seu presente.” Ele deu o presente a ela e apenas pediu que ela o pagasse quando pudesse.
Ela estava tão animada, que não conseguiu guardar o presente. Ela deu logo a seu marido Davi, apesar de que ainda era Outubro.

Aquela foi a segunda decisão que ela nunca se arrependeu de tomar. Apenas uma semana depois, às 7:00 da manhã, ela escutou alguém batendo à porta da sua casa. O parceiro de seu marido, o outro policial que andava sempre com ele estava em frente à porta dela - sozinho.
O rosto dele estava cansado e abatido. Ele entrou e sentou no sofá. Daí ele começou a explicar para ela como, na noite antes, o marido de Terry, Davi foi baleado com um tiro de um revolver calibre .45 - a queima roupa.
Terry suspirou, não de medo, mas de alívio. Alívio por ter comprado aquele presente que ela tanto queria para seu marido. Alívio por o dono da loja ter insistido que ela levasse. Alívio por seu marido estar vestido com o presente de Natal naquela noite.
Como resultado, seu marido Davi estava no hospital e não no necrotério. O corpo dele estava ferido, não com uma bala cravado no peito, mas apenas com uma contusão. Porque ele estava vestindo o colete a prova de balas, o presente de Natal, que sua querida esposa não podia esperar para dar a ele.
Todos nós recebemos algo semelhante.
De certa forma, todos nós recebemos um presente de Natal semelhante àquele que Davi Schaefer recebeu.
· É algo que pode lhe proteger
· É algo que, com certeza, salvará sua vida, se você abrir o presente e usar.
· É um presente destinado especialmente a você.
· É um presente adquirido por um grande esforço e a um custo muito alto.

Mas, afinal de contas, cabe a você receber o presente.
Cabe a você aceitá-lo.
Cabe a você abri-lo.
Cabe a você usá-lo.
Tudo isto, só você pode fazer.
Todo o resto, Deus já fez.

- Adaptado e traduzido de uma pregação de Max Lucado em 26 de dezembro, 1993 na igreja Oak Hills Church of Christ, San Antonio, Texas.
[em *www.hermeutica.com.br]

12 de dez. de 2010

                                                                         
                                                       O Que É Natal Para Você? 
        
                               Não há muito tempo, um professor de psicologia,
       em uma de nossas  grandes universidades, deu um     
    teste de sugestão de palavras para sua classe de 40 alunos.
      Ele os instruiu para escrever a  palavra "Natal" e toda a
         classe fez isso. "Agora", disse o professor, "escrevam ao lado da palavra Natal, tudo o que vocês lembram a respeito desse dia".
Quando os alunos entregaram as suas listas de palavras, o que o professor encontrou foi: árvore, pinheiro, presentes, peru, festa, feriado, cantata, Papai Noel, mas ninguém escreveu: "o aniversário de Jesus".
Da mesma forma que não havia lugar para o bebê Jesus na pousada, não há lugar para Ele na celebração do Natal. Que importância temos dado à festa de Natal?
 Temos, como quase todo mundo, aproveitado esta data para nos encher de comida, para beber até não podermos mais, para mostrar a todos as nossas roupas novas, para exibir os nossos presentes? Para nós, cristãos, o Natal nos faz lembrar que Jesus nasceu. O calendário religioso apresenta o dia 25 de dezembro como a data do nascimento de Cristo. Está este dia correto?
Creio que isso é o que menos importa. Estamos felizes porque Jesus nasceu. Nasceu para nos dar a paz, para encher nossos corações de regozijo, para perdoar os nossos pecados, para nos ensinar a amar. Jesus nasceu!
Ele não encontrou lugar nas pousadas de Belém, mas deseja encontrar lugar em nossos corações. Ele nasceu para ser o nosso Salvador, o nosso Senhor, o companheiro de todos os dias e de todas as situações. Jesus nasceu!
E quem recebeu o presente fomos nós...
Estamos preocupados com as comidas e as bebidas da festa Natalina? Claro que não!
O que desejamos, ardentemente, é nos fartar da graça de nosso amado Redentor. Glória a Deus! Jesus nasceu! Nasceu para mim, para você, para todos aqueles que compreendem o que significa, verdadeiramente, o dia de Natal.
 Jesus nasceu!  Parabéns ao aniversariante. Parabéns para todos nós.
- Do site de Pr. Walter Pacheco
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11 de dez. de 2010

"As Duas Vindas do Senhor"

O Senhor Jesus Cristo a quem nós exaltamos no Natal não é só um bebê em uma manjedoura. Ele não é uma figura numa história de crianças. Ele é muito mais.
- A primeira vez que Ele veio, Ele veio ocultado na forma de uma criança. A próxima vez quando vem, e nós acreditamos que será em breve, Ele virá desvelado, e será abundantemente e imediatamente claro para todo o mundo quem Ele realmente é.
- A primeira vez que Ele veio, uma estrela marcou a sua vinda. A próxima vez que Ele vem, os céus inteiros irão se recolher como um pergaminho, e todas as estrelas cairão do céu, e Ele iluminará tudo.
- A primeira vez que Ele veio, magos e pastores trouxeram presentes para Ele. A próxima vez que Ele vem, Ele trará presentes, recompensa para os que são dEle.
- A primeira vez que Ele veio, não havia nenhum lugar para Ele. A próxima vez que Ele vem, o mundo inteiro não poderá conter a glória dEle.
- A primeira vez que Ele veio, só alguns assistiram a chegada dEle – alguns pastores e magos. A próxima vez que Ele vem, todo olho O verá.
- A primeira vez Ele veio como um bebê. Logo ele virá como o Rei Soberano e Senhor.
Green, Michael P., Illustrations for Biblical Preaching


*www.hermeneutica.com.br

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10 de dez. de 2010




Criticando o Natal


Seria fácil criticar o desperdício, o excesso, a tentativa triste de comprar carinho numa extravagância de gastos. No entanto, no meio de tudo, este é um tempo genuíno de felicidade familiar; um dia em que brincamos juntos, livros são lidos e quebra cabeças juntadas, uma refeição é comida em família, sorrisos e beijos são abundantes; um dia em que tiramos a poeira e compartilhamos as nossas lembranças.
Será que posso encontrar em momentos como estes, o ecoar da “boa-nova de grande alegria”? Será que o menino Cristo, se assentasse debaixo da nossa árvore reluzente, ia condenar como grosseiro ou vazio tudo que ele via? Ou, será que ele iria rir e se alegrar e bater palmas com felicidade para ver seu milagre acontecer de novo e a vida tornar abundante em amor compartilhado?
- J. Barrie Shepherd em “A Child Is Born” (Uma Criança Nasce). Christianity Today.




Cristo ficou contente
Cristo ficou contente com um estábulo quando nasceu para que nós pudéssemos ter uma mansão quando morrermos. (Cristo ficou contente, será que nós estamos?)
- Autor desconhecido - do site *www.bible.org

9 de dez. de 2010





"A Chegada”


O barulho e o movimento começaram mais cedo do que de costume na cidade. Quando a noite deu lugar à madrugada, já havia gente nas ruas. Os vendedores se colocavam nas esquinas das avenidas mais trafegadas. Os lojistas abriam as portas de suas lojas. As crianças acordavam com o latido alvoroçado dos cães vadios e das queixas dos jumentos que puxavam as carroças.
O dono da hospedaria levantara mais cedo do que a maioria dos habitantes da cidade. Afinal de contas, a hospedaria estava cheia, com todas as camas ocupadas. Todo tapete ou esteira disponível tinha sido usado. Logo todos os fregueses começariam a levantar e haveria muito trabalho a fazer.
Nossa imaginação se inflama pensando na conversa do estalajadeiro com sua família à mesa do café. Alguém mencionou a chegada do casal jovem na noite anterior? Alguém cuidou deles? Alguém comentou a gravidez da moça no jumento? Talvez. Talvez alguém falou no assunto. Mas, na melhor das hipóteses, ele foi levantado e não discutido. Não havia tanta novidade assim sobre eles. Tratava-se possivelmente de uma das várias famílias que não pudera ser recebida naquela noite.
Além disso, quem tinha tempo para falar sobre eles quando havia tanta excitação no ar? César Augusto fez um favor à economia de Belém quando decretou que houvesse um recenseamento. Quem podia lembrar-se de uma época em que se fizesse tanto comércio na cidade?
Não, é duvidoso que alguém tivesse mencionado a chegada do casal ou atentasse na condição da moça. Todos estavam ocupados demais. O dia já raiara. O pão diário precisava ser feito. As tarefas da manhã tinham de ser feitas. Havia tanto para fazer que ninguém tinha tempo para ficar imaginando que o impossível acontecera.
Deus entrara no mundo como um bebê.
Mas se alguém entrasse no curral de ovelhas na periferia de Belém naquela manhã, que cena peculiar contemplaria.
O estábulo cheira como todos fazem. O mau cheiro provocado pela urina, excremento e ovelhas paira forte no ar. O chão é duro, o feno escasso. Teias de aranha pendem do teto e um ratinho atravessa correndo o chão sujo.
Não podia haver um lugar menos adequado a um nascimento.
De um lado se encontra um grupo de pastores. Eles estão sentados silenciosamente no solo, talvez perplexos, talvez reverentes, mas sem dúvida extasiados. Sua vigília noturna fora interrompida por uma explosão de luz dos céus e uma sinfonia de anjos. Deus vai até aqueles que têm tempo para ouvi-lo — e assim, naquela noite sem nuvens, ele fora até os simples pastores.
Junto à jovem mãe se assenta o pai cansado. Se alguém está cochilando, esse é ele. Não consegue lembrar-se da última vez em que pôde sentar-se. E agora que a excitação diminuiu um pouco, agora que Maria e o bebê estão confortáveis, ele se apóia na parede do estábulo e sente seus olhos se fecharem. Ele ainda não entendeu tudo. O mistério do evento o intriga. Mas não tem no momento energia para lutar com as perguntas. O importante é que a criança está bem e Maria a salvo. A medida que o sono vem, ele lembra do nome que o anjo lhe dissera para usar... Jesus. "Nós o chamaremos Jesus."
Maria está bem desperta. Como parece jovem! Sua cabeça repousa sobre o couro macio da sela de José. A dorfoi embora como por encanto. Ela olha para o rostinho da criança. Seu filho. Seu Senhor. Sua Majestade. Neste ponto da história, o ser humano que melhor compreende quem é Deus e o que ele está fazendo é uma adolescente num estábulo mal cheiroso. Ela não pode tirar os olhos dele. De alguma forma Maria sabe que está carregando Deus nos braços. Esse é então ele. Ela lembra as palavras do anjo. "O seu reinado não terá fim."
Ele parece qualquer coisa menos um rei. Seu rosto é avermelhado, lembrando uma ameixa seca. Seu choro, embora forte e saudável, continua sendo ainda o de um bebê indefeso, lancinante e agudo. Ele depende absolutamente de Maria para seu bem-estar.
Majestade em meio ao mundanismo. Santidade misturada à imundície do excremento e suor das ovelhas. A divindade entrando no mundo no chão de um estábulo, através do útero de uma adolescente e na presença de um carpinteiro.
Ela toca a face do Deus-menino. Como foi longa a sua jornada!
Esta criança superara o universo. Os trapos que o aquecem eram os mantos da eternidade. A sala dourada de seu trono fora esquecida em favor de um curral de ovelhas imundo. E os anjos adoradores foram substituídos por pastores bondosos mas perplexos.
Enquanto isso a cidade fervilha. Os mercadores não sabem que Deus visitou o seu planeta. O estalajadeiro jamais creria que enviara Deus para o frio lá fora. E o povo zombaria de quem quer que dissesse que o Messias jaz nos braços de uma jovenzinha na periferia de sua cidade. Eles estavam todos ocupados demais para sequer considerar essa possibilidade.
Os que não assistiram à chegada de Sua Majestade naquela noite, não perderam a oportunidade por causa de atos perversos ou malícia; de modo algum, eles a perderam simplesmente porque não estavam olhando.
Pouco mudou nesses últimos dois mil anos, não é?
 
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de Max Lucado

8 de dez. de 2010

Escalar Árvores ou Sentar nos Ramos
de Max Lucado

José estava sentado firmemente no seu galho na árvore. Este era grosso, confiável e perfeito para servir de assento. Era tão forte que não tremia com as tempestades, nem se agitava quando os ventos sopravam. Aquele ramo era previsível e sólido e José não tinha intenção de deixá-lo.
Isso até que lhe ordenaram que subisse num outro ramo.
Sentado a salvo em seu ramo, ele olhou para aquele que Deus queria que subisse. Jamais vira outro tão fino! "Esse não é lugar para um homem ir!" disse consigo mesmo. "Não há lugar para sentar. Não há proteção das intempéries. E como seria possível dormir pendurado nesse galhinho vacilante?" Ele recuou um pouco, apoiou-se no tronco e pensou na situação.
O bom senso lhe dizia que não subisse no galho. "Concebido pelo Espírito Santo? Pense bem!"
A autodefesa lhe dizia para não fazer isso. "Quem vai acreditar em .mim? O que nossas famílias vão pensar?"
A conveniência o aconselhava a não fazê-lo. "Bem quando eu esperava estabelecer-me e criar uma família."
O orgulho lhe recomendava o mesmo. "Se ela pensa que vou acreditar numa história dessas..."
Mas Deus lhe dissera para fazer isso, sendo essa a sua preocupação.
A idéia o aborrecia porque estava feliz na situação presente. A vida perto do tronco era boa. O seu ramo era suficientemente grande para permitir que ficasse confortável. Ele estava próximo a inúmeros outros sentadores em galhos fizera algumas contribuições válidas para a comunidade de árvores. Afinal de contas, não visitava regularmente os doentes no Centro Médico do Ramo Norte? Não era ele também o melhor tenor no Coral do Arvoredo? E o que dizer da aula que dava sobre herança religiosa, com o título apropriado de "Nossa Arvore Genealógica"? Deus certamente não ia querer que deixasse tudo isso. Ele tinha... bem, poderia ter dito que tinha raízes no lugar.
Além disso ele conhecia o tipo de sujeito que se atira a uma aventura sozinho. Radical. Extremista. Liberal. Sempre se excedendo. Sempre agitando as folhas. Sujeitos com a cabeça cheia de idéias estranhas, procurando frutas estranhas. Os que são estáveis são aqueles que sabem como ficar perto de casa e deixar as coisas correrem.
Acho que alguns de vocês compreendem José. Sabem como ele se sente, não é? Já estiveram ali. Você sorri porque já foi também chamado para arriscar-se e subir em outro galho. Conhece o desequilíbrio gerado quando tenta manter um pé na sua própria vontade e outro na dele. Você também enfiou as unhas na casca da árvore para segurar-se melhor. Você conhece muito bem as borboletas que voam na boca de seu estômago quando percebe que há mudanças no ar.
Talvez mudanças estejam justamente no ar agora. Talvez você esteja em meio a uma decisão. É difícil, não é mesmo? Você gosta do seu ramo. Acostumou-se com ele e ele com você. Da mesma forma que José, você aprendeu a sentar. Você ouve então o chamado. "Preciso que suba em outro ramo e
... tome uma posição. Algumas das igrejas locais estão organizando uma campanha anti-pornografia. Elas precisam de voluntários”.
… mude. Pegue sua família e se mude para o exterior, tenho um trabalho especial para você"
… perdoe. Não importa quem feriu quem primeiro. O que importa é que você construa a ponte."
... evangelize. Aquela família da mesma rua? Eles não conhecem ninguém na cidade. Vá falar com eles."
… sacrifique. O orfanato tem uma hipoteca que vai vencer este mês. Eles não podem pagá-la. Lembra-se do abono que recebeu na semana passada?"

Qualquer que seja a natureza do chamado, as conseqüências são as mesmas: guerra civil. Embora seu coração possa dizer sim, seus pés dizem não. As desculpas surgem como folhas douradas quando sopra um vento de outono. "Essa não é a minha área." "É hora de outro tomar a responsabilidade." "Não agora. Faço isso amanhã"
Mas eventualmente você acaba contemplando uma árvore nua e uma escolha difícil: A vontade dele ou a sua?
José escolheu a dele. Afinal de contas, era realmente a única opção. José sabia que a única coisa pior do que uma aventura no desconhecido era a idéia de negar seu Mestre. Resoluto então, ele agarrou o ramo menor. Com os lábios apertados e um olhar decidido, colocou uma mão na frente da outra até que ficou balançando no ar com apenas a sua fé em Deus como uma rede protetora.
Conforme o desenrolar dos acontecimentos, os temores de José foram justificados. A vida não se mostrou mais tão confortável quanto antes. O galho que agarrou era de fato bem fino: o Messias deveria nascer de Maria e ser criado em sua casa. Ele tomou banhos frios durante nove meses para que o nenê pudesse nascer de uma virgem. Ele teve de empurrar as ovelhas e limpar o chão sujo para que sua mulher tivesse um lugar para dar à luz. Ele se tornou um fugitivo da lei. Passou dois anos tentando aprender egípcio. Houve ocasiões em que esse ramo deve ter balançado furiosamente ao sabor do vento. Mas José apenas fechou os olhos e continuou firme.
Você pode estar, no entanto, certo de uma coisa. Ele jamais se arrependeu. A recompensa de sua coragem foi doce. Um só olhar para a face celestial daquela criança e ele teria feito tudo de novo num momento.
Você já foi chamado a aventurar-se por Deus? Fique certo de que não vai ser fácil. Subir em galhos nunca foi fácil. Pergunte a José. Ou, melhor ainda, pergunte a Jesus.
Ele sabe melhor do que ninguém quanto custa ser pendurado num madeiro.

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7 de dez. de 2010


O LÁPIS

O menino olhava a avó escrevendo uma carta.
A certa altura, perguntou:- Você está escrevendo uma história
que aconteceu conosco? E por acaso, é uma história sobre mim?
A avó parou a carta, sorriu, e comentou com o neto:
- Estou escrevendo sobre você, é verdade.
Entretanto, mais importante do que as palavras, é o lápis que estou usando.
Gostaria que você fosse como ele, quando crescesse.
O menino olhou para o lápis, intrigado, e não viu nada de especial.
- Mas ele é igual a todos os lápis que vi em minha vida!
- Tudo depende do modo como você olha as coisas.
Há cinco qualidades nele que, se você conseguir mantê-las,
será sempre uma pessoa em paz com o mundo.
Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas,
mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos.
Esta mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre
conduzi-lo em direção à Sua vontade.
Segunda qualidade: de vez em quando eu preciso parar o que estou
escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra
um pouco, mas no final, ele está mais afiado.
Portanto, saiba suportar algumas dores,
porque elas o farão ser uma pessoa melhor.
Terceira qualidade: o lápis sempre permite que
usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado.
Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente
algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça.
Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira
ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro.
Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você.
Finalmente, a quinta qualidade do lápis:
ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba
que tudo que você fizer na vida irá deixar traços,
e procure ser consciente de cada ação.
Que sejamos todos nós como o lápis!


6 de dez. de 2010


Pv 9:10
O temor do SENHOR é o princípio da sabedoria,
e o conhecimento do Santo a prudência.
***
Habacuque 3:19
O SENHOR Deus é a minha força,
e fará os meus pés como os das
cervas, e me fará andar sobre
 as minhas alturas.

4 de dez. de 2010

Onde estão os pregadores?

Onde estão os pregadores plenamente comprometidos com a essência do Evangelho de Cristo, capazes de ministrar o trigo da Palavra sem o joio das imaginações humanas, tão a gosto da modernidade homilética?
Onde estão os pregadores vestidos de simplicidade e revestidos de transparência, capazes de oferecer o testemunho de sua própria vida como pano de fundo para suas mensagens?
Onde estão os pregadores dispostos a abrir mão de aplausos e de gestos bajuladores, de conchavos e de barganhas que comprometem a seriedade da mensagem da Cruz e ofuscam o brilho da glória da Ressurreição do Santo Jesus?
Onde estão os pregadores que não se vendem por honrarias, não se trocam por homenagens extemporâneas e não se maculam com subvenções de origem obscura?
Onde estão os pregadores que rejeitam ser conduzidos por empresários de profetas, agenciadores de compromissos e mercadejadores de astros e estrelas?
Onde estão os pregadores que ainda se atrevem a pregar sobre os longos cravos, as grossas gotas de sangue e os momentos de agonia do Nazareno?
Onde estão os pregadores que ainda se arriscam a pregar o arrependimento e a confissão de pecados, a humildade e a renuncia, a santidade e o jejum?
Onde estão os pregadores que ministram sobre a Vinda de Cristo, não para serem admirados por sua memória, senão para serem tocados pela sua compaixão?
Onde estão os pregadores que tomam tempo aos pés do Amado, até que se sintam encorajados a dizer: “eu vos entreguei o que recebi do Senhor Jesus…”?
Onde estão os pregadores que não substituem Paulo por Flávio Josefo, Isaias por Sêneca e Jeremias por Victor Hugo?
Onde estão os pregadores que não estão obcecados por encantar o auditório com truques de oratória, visto que estão inundados pela unção plena do Avivamento real, que é capaz de levar quase três mil almas de uma só vez a um estado de quebrantamento real?
Onde estão os pregadores que ainda valorizam os apelos para salvação de vidas, ao invés de simplesmente fazerem delirar as multidões com promessas de carro zero e vida sem lutas e aflições?
Onde estão os pregadores que seguem o exemplo de Ezequiel, que somente foi e falou à casa de Israel depois que comeu o rolo por inteiro?
Onde estão os pregadores que não pretendem usar o púlpito para desabafos, preferindo sofrer a fazer sofrer, perder a fazer perder e morrer a fazer morrer?
Onde estão os pregadores que não foram atacados de amnésia, esquecendo por completo de pronunciar em suas mensagens as palavras pecado e arrependimento?
Onde estão os pregadores que não admitem ser o porta-voz do Mundo, visto já serem a boca de Deus, a voz do que clama no deserto?
Onde estão os pregadores revoltados com a idéia de que a igreja seja um circo, o culto seja um show e o pregador um artista (ou palhaço)?
Onde estão os pregadores que fogem do perigo de manter as massas analfabetas da Palavra, estimulando-as à leitura habitual e meditação constante do Livro de Deus?
Onde estão os pregadores que levam em consideração o conselho de Spurgeon: “ se Deus te chamou para pregar, não aspires ser o rei da Inglaterra”?
Onde estão os pregadores que se pautam pela palavra de I Co 2.7, segundo a qual “ falamos a sabedoria de Deus em mistério, a sabedoria oculta , a qual Deus ordenou antes dos séculos?
Onde estão os pregadores que se fazem fracos para ganhar os fracos, e não poderosos para ganhar os poderosos?
Onde estão os pregadores que dão ao povo comida sólida, ao invés de um divertido fast food?
Onde estão os pregadores que se negam a fazer do ministério uma rendosa profissão, a fim de não perderem a benção de serem sacerdotes e profetas do Senhor?
Onde estão os pregadores que pregam APENAS a Palavra, como foi recomendado por Paulo e não um evangelho social, soft, light, raso e sem compromisso?
Alegra a todos os fiéis filhos de Deus saber que esses pregadores existem, não são uma classe em extinção, não perderam sua identidade nem sua autenticidade. O único problema é descobrir onde eles estão: se na cova de Adulão, se embaixo de um zimbro, se à sombra de uma aboboreira, se junto ao rio Quebar. Não é tão fácil encontrá-los.
Mas que existem, existem.
Uns pensam que somente existe Elias. Mas Deus diz que são sete mil.

Pr Geziel Nunes Gomes
                                   

3 de dez. de 2010